Caminha: PSD acusa maioria socialista de ‘abuso de poder’

O PSD Caminha acusa a maioria socialista no Executivo Municipal de “grave abuso de poder”. Em causa está a isenção de pagamento feita aos passageiros do Ferry Boat no passado dia 31 de dezembro. Os social-democratas não reprovam a decisão. O descontentamento prende-se com o facto da ideia não ter sido levada a sessão camarária. “Esta situação consubstancia uma ilegalidade grave de abuso de poder, uma vez que o presidente da Câmara não tem competências para tal”, refere o PSD em comunicado colocado na noite desta quarta-feira nas redes sociais. “Se o queria fazer, poderia tê-lo feito, mas teria de ter levado a reunião de câmara. Contaria, obviamente, com a aprovação do PSD. No entanto, resolveu fazê-lo de forma despótica, ignorando o órgão e a lei, atuando sem competências para tal. Algo, aliás, que começa a ser normal nesta gestão”, acrescenta a vereação ‘laranja’. Ainda de acordo com o PSD, o presidente da Câmara, Miguel Alves, não deu qualquer resposta sobre esta matéria na reunião de Câmara desta quarta-feira.
Recorde-se que, ao aplicar a gratuitidade das viagens durante a passada quinta-feira, a autarquia caminhense disse pretender valorizar a oferta do concelho, num dia potencialmente muito atrativo. “Nos últimos anos as festividades de passagem de ano têm ganho uma expressão no concelho de Caminha que deve ser potenciada em favor da economia local e da divulgação da nossa terra”, sublinhou Miguel Alves no despacho, em que se explica que a medida excecional tem sobretudo como alvo o mercado galego. “Quer na noite em que se festeja a transição do último dia do ano velho para o primeiro do ano novo, quer a dinâmica criada em torno do próprio dia 31 de dezembro, têm servido para tornar ainda mais atrativo o nome do concelho e da Vila de Caminha, quer em Portugal quer em Espanha, junto dos nossos vizinhos galegos”, realçou o edil de Caminha.