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Caminha

Caminha: Miguel Alves justifica dívida do Municipio com opções erradas de executivos anteriores

28 Julho, 2014 - 07:30

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“Em ano de eleições, tudo o que teve a ver com animação e actividades de rua disparou mais de 300%”, revelou o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara de Caminha justifica a dívida do Município com opções erradas de executivos anteriores. Recorde-se que Caminha está nesta altura entre os municípios do Vale do Minho com maior desequilíbrio financeiro. A Câmara apresenta uma dívida de 17,53 milhões de euros, o que traduz um custo para cada residente de 1.000,06 euros. Ouvido pela Vale do Minho, o autarca Miguel Alves lembra que no tempo em que era oposição, o PS fez vários alertas. “Durante muitos anos foi sendo transmitido às pessoas do concelho de Caminha que a situação financeira da Câmara estava bem. Mas nós [PS] sentíamos que havia problemas. Íamos denunciando que certas decisões eram muito duvidosas do ponto de vista da sustentabilidade financeira. Falo claramente da parceria público-privada que levou à construção das piscinas de Vila Praia de Âncora. Para ter-se noção, o concelho de Caminha gasta 40% do seu IMI só a pagar as rendas das piscinas de Vila Praia de Âncora”, disse Miguel Alves à Vale do Minho.
O autarca socialista enumerou ainda outras decisões tomadas no passado e que, refere, terão conduzido ao cenário actual. “Opções claramente erradas como o incremento do número de funcionários municipais. Só nos meses de Julho, Agosto e Setembro de 2013 (ano eleitoral!) entraram 36 funcionários na Câmara de Caminha. Isso fez-nos incumprir no final do ano a redução obrigatória de pessoal. A despesa corrente nesse ano também subiu vertiginosamente. Em ano de eleições, tudo o que teve a ver com animação e actividades de rua disparou mais de 300%”, revelou o presidente da Câmara.
Miguel Alves não esconde alguma preocupação perante os dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais referentes ao ano passado. No entanto, o autarca de Caminha garante que a autarquia já tomou e vai continuar a tomar medidas. “Estamos a tentar fazer uma gestão inteligente. O número de funcionários da Câmara já diminuiu. Não entrou ninguém para o quadro este ano. Temos feito também uma gestão mais rigorosa das actividades da Câmara Municipal. Há mais contenção no investimento. Não paramos o ritmo. Procuramos melhorar actividades mas tornando-as menos dispendiosas”, explicou o edil caminhense.
Só no Vale do Minho, o total da dívida das Câmaras ultrapassa os 67 milhões de euros. O caso mais grave verifica-se em Melgaço onde a Câmara apresenta uma dívida de 12,95 milhões de euros. O que quer dizer que cada melgaçense deve 1.450 euros por conta da dívida do Município.

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