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A maioria socialista na Câmara de Caminha aprovou, esta quarta-feira, com os votos contra do PSD o Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2021, no valor de 25 milhões de euros.
O orçamento é superior em quase dois milhões de euros ao de 2020, um aumento justificado pelo presidente da Câmara com “investimentos de 1,5 milhões de euros e despesas de capital, sustentadas nos fundos europeus que foram garantidos para o próximo ano”.
“Cerca de 500 mil euros é aumento das despesas correntes essencialmente em três rubricas: pessoal (+167 mil euros) por causa da atualização de salários e reclassificações, apoio a instituições sem fins lucrativos (+ 173 mil euros) e apoio social às famílias (+52 mil euros)”, especificou Miguel Alves.
O presidente da Câmara disse tratar-se de “um orçamento para a tempestade, mas que serve para preparar os dias de bonança”.
Miguel Alves realçou ainda “o investimento de 2,2 milhões de euros em saneamento básico nas freguesias de Venade, Azevedo, Moledo e Ancora, 1,7 milhões na escola básica e secundaria de Caminha, 1,1 milhão na escola básica do Vale do Âncora e 700 mil euros no novo mercado municipal de Caminha”.
PSD: Um orçamento “vazio de estratégia”
Conforme foi referido, o documento contou com o voto contra dos vereadores pelo PSD. “Ao longo de sete anos fomos vendo orçamentos cheios de autoelogios e que, repetidamente, acabaram em falhanços e prejuízos brutais. Este antevê-se, até pela falta de rigor de alguns números, como o valor a pagar de água por parte da Câmara à empresa Águas do Alto Minho,
como mais um problema grave para o Município”, apontam os sociais-democratas.
“Este orçamento coloca o peso do seu funcionalismo nas costas das pessoas. 5,5 milhões é o que os munícipes contribuem de forma direta para este orçamento de 25 milhões de euros, através do pagamento do IMI, IRS, IMT e derrama. Para não falar dos impostos indiretos que o Orçamento de Estado 2021 prevê cobrar às pessoas e que irão alimentar os municípios em ano eleitoral”, recordam os vereadores à direita.
Para o PSD, este orçamento “é um vazio de estratégia no que diz respeito ao tecido económico e empresarial já existente. Faltam energias para fazer crescer Caminha em termos industriais. Caminhamos para um ano onde os efeitos da pandemia se farão sentir de forma inequívoca e avassaladora e não existe estratégia nem apoio forte às famílias nem empresas”, prevê a oposição liderada por Liliana Silva.
Em síntese, o PSD lamenta um orçamento que “continua a pugnar pelas receitas provindas do contributo que sai do
bolso dos munícipes através dos impostos que pagam de forma indignada, apenas pela incapacidade que o Presidente da Câmara tem em gerir suas ostentações e as regras financeiras”.
[Fotografia: Arquivo / Município Caminha]
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