Vem aí mais uma edição da Feira Medieval de Caminha, este ano tendo como tema El Rey D. Dinis.
O evento vai mergulhar o casco histórico da Vila de Caminha na época medieval, entre os dias 26 e 30 de julho.
O período de candidaturas para expositores já está a decorrer, prolongando-se até 14 de maio. Podem inscrever-se participantes na área alimentar (mercador alimentar – regatão e taberneiro) e na área não alimentar (artesãos, mercador não alimentar, mercador exótico e estabelecimentos locais).
A tradicional Feira Medieval tem como objetivo a recriação de um ambiente medieval através do comércio, das artes, ofícios, divertimentos, sabores e hábitos alimentares da Idade Média.
Espetáculos de fogo, acampamento civil e militar, oficinas e jogos para os mais novos, aves, gastronomia e muita animação são certezas.
Em nota enviada às redações, o Município adianta que em breve será anunciado o programa na totalidade.
Porquê D. Dinis?
Recorda o Município que no ano de 1291, Caminha assistiu à criação da feira, anos após a outorga da carta de foral por D. Dinis em 24 de julho de 1284.
A Feira vai estender-se pelo casco histórico da Vila de Caminha, nomeadamente a Rua Ricardo Joaquim de Sousa (Rua Direita), Largo dos Combatentes, Largo da Igreja Matriz, Largo Calouste Gulbenkian, Largo Fetal Carneiro, Rua D. Nuno Álvares Pereira, Rua 16 de setembro, Praça Conselheiro Silva Torres, Rua Visconde Sousa Rego, Rua de São João, Rua da Corredoura.
“El Rey D. Dinis” era filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela, tendo sido o sexto rei de Portugal.
Nasceu em Lisboa em 1261 e iniciou em 1279 um longo reinado, vindo a falecer em 1325. Com a sua ação militar e diplomática fixou a fronteira política mais antiga e estável da Europa e obteve assinalável prestígio internacional no contexto europeu medieval.
Monarca atento às questões inerentes à complexidade e urgência do povoamento do território nacional e à inadiável política de defesa do reino, prosseguiu a ação de seu pai e preocupou-se com a defesa das fronteiras.
Pela sua situação geográfica, o território na intersecção dos rios Coura e Minho ocupava uma posição estratégica para barrar a penetração inimiga pela via fluvial.
Daí o foral outorgado por D. Dinis aos moradores de Caminha, em 24 de julho de 1284, que tinha como objetivo povoar a vila e seu termo e proteger a entrada do rio Minho, onde por ordem de D. Afonso III se levantava uma cerca amuralhada à volta da nova póvoa militarizada. D. Dinis merece, pois, ser considerado como uma figura histórica intimamente ligada a uma fase decisiva do desenvolvimento do concelho de Caminha”.
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