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Viana do Castelo

Câmara quer problema do piso esburacado da ponte Eiffel resolvido com “urgência”

8 Janeiro, 2013 - 08:52

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A Câmara de Viana do Castelo quer que a Refer resolva “definitivamente” e com “urgência” os problemas no pavimento da ponte Eiffel alegando a perigosidade da situação atual para a circulação automóvel.

A Câmara de Viana do Castelo quer que a Refer resolva “definitivamente” e com “urgência” os problemas no pavimento da ponte Eiffel alegando a perigosidade da situação atual para a circulação automóvel.

A posição foi assumida, em reunião do executivo camarário, depois de o vereador da oposição Aristides Sousa, do CDS-PP, ter criticado a indefinição sobre o processo, manifestando “preocupação” com o estado da ponte.

“O concelho de Viana do Castelo já pagou o suficiente pela incúria com que as entidades públicas trataram esta situação. É inadmissível o estado atual, que constitui uma perigosidade acrescida. Temos um piso com chapa e uns pedacinhos de betuminoso soltos”, afirmou o vereador.

O tabuleiro rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo é da responsabilidade da Refer e desde 2007, altura em que toda a estrutura recebeu uma grande intervenção de reabilitação – durante quase dois anos e que custou 15 milhões de euros -, que os problemas no piso persistem.

Aquela empresa pública realizou durante uma semana, em julho de 2012, ensaios com diferentes tipos de materiais aplicados no piso da travessia, para definir a melhor solução para o pavimento rodoviário.

“Necessitamos de uma solução que definitivamente resolva o problema com o piso da ponte. Além do aspeto visual, a preocupação é mesmo com a segurança rodoviária e por isso vamos solicitar a atuação urgente da Refer”, afirmou o presidente da Câmara de Viana do Castelo (PS), José Maria Costa.

Em declarações em 2012 à agência Lusa, a Refer, empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária nacional, tinha já admitido que, “embora com adequadas características técnicas para a função pretendida”, o piso colocado em 2007 “veio a revelar um deficiente comportamento, com fissuração e descolamento em algumas zonas” desde então.

“Com o objetivo de reparar as deficiências, a REFER recorreu à garantia técnica de obra, tendo o empreiteiro reposto, por duas vezes, uma camada de desgaste do pavimento”, explicou a empresa.

No entanto, passados vários anos, “o problema persiste” e, por isso, para “determinar as causas de tal comportamento anómalo e encontrar uma solução para o mesmo”, a empresa solicitou à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) “um estudo, análise e ensaio de caracterização daquele material”.

“Identificando possíveis erros de aplicação ou a sugestão de outros materiais para a camada de desgaste, caso o aplicado se revelasse, de todo em todo, incompatível com o tipo de tráfego da ponte”, acrescentou a fonte.

Com este estudo, a Refer “espera estar em condições de calendarizar as intervenções que se entenderem por convenientes”, nomeadamente a colocação de um novo piso, o que deverá voltar a condicionar a circulação naquela travessia.

Com 134 anos de existência, a ponte Eiffel de Viana do Castelo chegou a fechar à circulação, totalmente, durante 21 meses, para vários trabalhos de reabilitação da estrutura e pilares.

No fim da operação, o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, admitiu que a ponte estava em condições de resistir “mais cem anos”.

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