A Câmara de Caminha diz estar “expectante” com a garantia do secretário de Estado do Mar de avançar com o desassoreamento do portinho de Vila Praia de Âncora, mas quer a intervenção alargada às duas barras do concelho.
“Com esta notícia, estamos expectantes na resolução desta situação. Os nossos pescadores merecem que os nossos governantes olhem por eles”, afirmou o vice-presidente da autarquia de Caminha, Flamiano Martins.
O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu, garantiu, no sábado, que as operações de desassoreamento de quatro portos do Norte, incluindo o de Vila Praia de Âncora, em que os pescadores chegam a ser impedidos de sair para a faina em determinados dias, avançam este ano.
Em causa está o forte assoreamento ainda nos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Castelo de Neiva (Viana do Castelo), situação que, admitiu o governante, “aumentou o risco” dos pescadores, afetando a “segurança” e a própria atividade económica.
“Em condições normais, ninguém começa a fazer operações de desassoreamento antes de maio, extraordinariamente em abril, quando há condições para isso. Estamos a falar de um problema grave, porque as operações não se realizaram em 2010, por motivos que todos conhecem”, apontou Pinto Abreu.
Face a este anúncio, aquela Câmara já classificou como “imprescindível que as dragagens se realizem com regularidade”, não só no portinho, como também nas barras de Vila Praia de Âncora e de Caminha, tendo em conta o “assoreamento cada vez mais acentuado”.
“É tema de muitas reuniões e é levado sempre que possível a quem tem poder de decisão”, salienta Flamiano Martins, também vereador do Ambiente, manifestando a convicção de que estas dragagens possam iniciar-se até maio.
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