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Caminha

Câmara propõe-se construir atravessamento alternativo da linha férrea em Âncora

21 Março, 2013 - 08:23

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A Câmara de Caminha anunciou ter apresentado à Refer, assumindo os custos, duas propostas de atravessamento da linha férrea em Vila Praia de Âncora, para tentar resolver o conflito que a população mantém com a empresa.

A Câmara de Caminha anunciou ter apresentado à Refer, assumindo os custos, duas propostas de atravessamento da linha férrea em Vila Praia de Âncora, para tentar resolver o conflito que a população mantém com a empresa.

Segundo avançou à agência Lusa fonte do executivo municipal, já foram disponibilizados à Refer dois estudos com soluções alternativas ao encerramento da denominada “Travessa do Teatro”.

Além disso, a Câmara também se compromete a assumir a totalidade das despesas e encargos da construção de qualquer uma das propostas, ambas prevendo uma solução de “transbordo”, ao nível da linha. As soluções apresentadas “são semelhantes” às que acontecem noutros pontos do concelho, explicou a mesma fonte.

Trata-se de um diferendo que se arrasta há quase quatro anos, já que a população não aceita o encerramento da passagem de nível, naquele local, ao trânsito de peões.

A Refer fechou o acesso com um muro em cimento, o qual tem sido sistematicamente derrubado, de forma anónima, pela população, que assim contesta o encerramento da passagem.

Já este mês a Refer voltou a erguer o muro que impede a utilização daquela passagem de nível, trabalhos que, como sempre, foram acompanhados pela GNR, face à contestação da população de Vila Praia de Âncora.

O muro daquela antiga passagem de nível foi destruído a 23 de novembro passado e reposto pela Refer a 18 de dezembro. Voltou a ser destruído no início de 2013 e restabelecido, uma vez mais, pela empresa.

Esta situação repete-se de forma anónima e sempre de madrugada, perante a contestação popular ao encerramento, concretizado em 2009.

Sempre que o muro é destruído, a população volta a utilizar a antiga travessia.

Fonte da Refer tinha já tinha confirmado à agência Lusa a participação do derrube sistemático do muro à GNR, através de queixas contra desconhecidos.

O seu encerramento foi decidido em 1986, num protocolo que envolveu a Câmara de Caminha e a CP. O encerramento ao trânsito automóvel aconteceu em 1988, mas a circulação pedonal manteve-se até 2009, ano em que a travessia foi totalmente fechada.

Seguiu-se a contestação da população, inclusive com manifestações no local da travessia, em pleno centro da freguesia, que dá acesso à marginal e vários equipamentos ali existentes.

Apesar de existir uma outra passagem, a sensivelmente 140 metros de distância, em linha reta, a população alega que, na prática, esse desvio é de centenas de metros, sendo o atravessamento da linha necessário várias vezes ao dia.

A atual legislação, explica a empresa pública que gere a rede ferroviária nacional, não permite a reabertura de passagens de nível entretanto encerradas.

Fonte da Refer alertou para os riscos da utilização de “atravessamentos ilegais”, nomeadamente por colocar em causa a segurança dos “infratores e dos próprios passageiros e maquinistas dos comboios”.

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