O presidente da Câmara de Paredes de Coura mostrou-se disponível para assumir os cerca de 11.000 euros anuais necessários para manter em funcionamento o tribunal daquela comarca, proposto para encerramento pelo Ministério da Justiça.
A garantia foi avançada por António Pereira Júnior (PS) durante uma concentração de autarcas e população, esta segunda-feira, que juntou mais de uma centena de pessoas à porta do tribunal do concelho, em defesa daquele serviço.
Apesar da crise e da conjuntura económica desfavorável, o autarca local garante que o executivo que lidera tem margem de manobra para assegurar essa verba, “mesmo que fosse mais”.
Caso o encerramento do tribunal da comarca de Paredes de Coura avance, os serviços serão transferidos para Valença e não para Vila Nova de Cerveira, tal como inicialmente previsto. No entanto, o autarca courense permanece descontente, dados os quilómetros que separam as duas localidades, sendo a população obrigada a percorrer para resolver os seus problemas.
António Pereira Júnior sublinhou, ainda, “parceria” já existente entre os tribunais de Paredes de Coura e de Vila Nova de Cerveira, quando o juíz e a delegada do Procurador da República são os mesmos.
Pereira Júnior realça que é necessário lutar pela defesa deste “direito” que é de toda a população.
O autarca courense demonstra esperança no “bom senso” do Ministério da Justiça, em prol da manutenção do tribunal de Paredes de Coura. Ainda assim e, caso o Governo não recue, António Pereira Júnior espera que a população se mantenha solidária numa luta comum: o “direito à justiça”, um dos pilares fundamentais da Democracia.
De resto, esteve também presente, nesta concetração de autarcas, o vereador municipal do PSD. José Augusto Caldas partilha desta preocupação do executivo courense, frisando as dificuldades com os acessos viários.
Depois desta concentração de autarcas, em Paredes de Coura, o município está já a preparar a ida a Lisboa, no próximo dia 28 de Junho, num “protesto” nacional que pretende juntar os autarcas dos 57 tribunais que poderão encerrar, ao abrigo do novo mapa judiciário. A manifestação na capital está agendada para as 15h00.
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