A Câmara de Caminha revelou hoje estar a tentar dinamizar a venda no Brasil de centenas de habitações construídas no concelho e sem ocupação, tirando partido das relações históricas e familiares com a região.
Segundo revelou Júlia Paula Costa, presidente da Câmara de Caminha, a crise na construção civil e imobiliário deixou praticamente “estagnado” o mercado de segunda habitação, que era uma “aposta” do concelho.
Na prática, admitiu a autarca, podem estar atualmente “centenas de habitações” por vender no concelho, situação que está a colocar em risco a atividade de construção civil local e que já levou o município a promover este mercado no Brasil.
“É uma grande aposta divulgar estas casas e este mercado a uma população brasileira que, por exemplo, teve cá os pais, os avós e que até tem dinheiro para investir numa casa de férias. É uma aposta interessante num mercado novo e que pode ser muito importante”, assumiu.
A Câmara de Caminha participou na primeira Mostra de Imobiliário de Portugal no Brasil (MIP 2012), realizada em dezembro no Rio de Janeiro, promovendo sete empreendimentos que representam um total de 70 habitações e prevê realizar outras iniciativas do género, em conjunto com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
“Mas podem ser centenas de casas. Levamos connosco ao Brasil seis promotores imobiliários e há pessoas que ficaram encantadas com a qualidade de construção e que já estão em contacto com os construtores”, sublinhou ainda.
Uma “aposta estratégica” defendido por Júlia Paula Costa porque permite dinamizar o mercado da construção civil no concelho e, em simultâneo, o setor do turismo de segunda habitação, que é “mais fidelizado”.
“O município de Caminha tem uma segunda habitação muito forte e esta área foi uma aposta muito grande. Neste momento temos uma mão-de-obra especializadíssima ao nível da construção civil e uma grande quantidade de casas por vender”, rematou a autarca.
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