Enquanto aguarda por respostas à proposta do executivo em ficar com a gestão da Pousada D. Dinis por um período entre 10 a 20 anos, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira admite envolver a população num concurso de ideias, a lançar no portal da câmara municipal.
José Manuel Carpinteira diz ter “três a quatro” projectos para aquele espaço, mas acredita que possam surgir outros igualmente interessantes.
Cansado do silêncio governamental, em particular da Direção-Geral de Tesouro e Finanças, o autarca cerveirense refere que lhe apetecia ocupar o espaço, depois de já ter colocado a bandeira do município.
José Manuel Carpinteira diz compreender agora o estado degradante em que se encontra muito do património português, culpabilizando a burocracia e “falta de interesse da tutela”.
Ironizando com o processo de privatizações encetado pelo atual Governo, o governante teme que todo o espaço do Castelo D. Dinis possa vir a ser também incluído nessa carteira. Contudo, não tem dúvidas que a entrega a privados é “complicada”, mediante conjuntura económico-financeira que o país enfrenta.
Recorde-se que, em Julho passado, a Direção-Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) mostrou-se “disponível” para conceder a gestão da Pousada D. Dinis à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.
No entanto, até ao momento não foram ainda definidos números nem prazos concretos, quando se previa que o processo de concessão fosse assumido a partir deste mês de Outubro.
Avanços e recuos neste dossier que já se arrasta desde 2008, quando o Grupo Pestana encerrou portas daquele espaço para alegadas obras.
O objetivo do município cerveirense passa agora por transformar a pousada num “espaço aberto à comunidade”, com gestão municipal que pode incluir “exposições culturais e até alojamento”, mas também com privados, para explorarem um bar e o restaurante.
O antigo castelo da vila, com origens no século 13, está classificado como Monumento Nacional.
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