O vice-presidente da Câmara de Monção está convicto que o processo de criação de um mega-agrupamento único no concelho possa ficar congelado, perante a convocação de eleições legislativas antecipadas.
Em declarações à RVM, Augusto Domingues diz que o espaço temporal para a concretização já no próximo ano lectivo daquilo que classifica de "revolução" no ensino, não é o mais indicado devido ás alterações exigidas para uma "boa implementação". O também vereador da educação espera, por isso, não ter "surpresas de última hora".
O executivo monçanense tinha agendada para esta quarta-feira uma reunião com a DREN, na qual iria demonstrar a
"total oposição" da comunidade educativa relativamente à criação de um único agrupamento escolar, juntando a gestão dos dois existentes no concelho. No entanto, o encontro foi desmarcado à última da hora, "sem darem grandes explicações", diz Augusto Domingues, que já não acredita em mais conversações com esta entidade.
De momento, a Câmara de Monção vai aguardar por mais desenvolvimentos neste processo de criação de mega-agrupamentos, mas sempre com a mesma posição de "discordância". Contudo, além do envio para a DREN de um abaixo-assinado com mais de 1000 assinaturas recolhidas peos vários estabelecimentos de ensino, Augusto Domingues deixa o aviso, se a DREN e o ministério da Educação não recuarem na decisão, a comunidade educativa de Monção não vai resignar-se e estão mesmo a ser equacionadas outras formas de luta e pressão.
A criação de mega-agrupamentos escolares é uma vontade antiga do Governo e que ganha agora novos contornos, com o avanço para a implementação desta reestruturação em alguns pontos do país, e o distrito de Viana do Castelo não é excepção.
No caso de Monção, o objectivo é concentrar o Agrupamento Escolar do Vale do Mouro e Deu-la-Deu Martins, e a Escola Secundária, num único modelo de gestão. Além da discordância, autarquia e comunidade escolar acreditam que o processo fioquem em "stand-by" e não avance para o terreno no início do próximo ano lectivo, devido à existência de um Governo demissionário.
Mesmo assim, já estão a ser equacionadas formas de luta e de pressão, uma delas é um abaixo-assinado que já recolheu mais de 1000 assinaturas e que pode ser enviado nos próximos meses à DREN.
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