Os Bombeiros de Monção manifestaram a indisponibilidade para prestar socorro. Na origem da decisão, referem, estão salários em atraso referentes ao mês de Abril. “Perante o não pagamento dos ordenados, 23 assalariados ficaram em situação precária, sendo que há três famílias em que ambos os cônjuges trabalham na associação. Existem já bombeiros com prestações bancárias e rendas de casa em atraso, bombeiros com os carros parados por falta de gasolina. Não estamos a falar de uma associação sem dinheiro, estamos a falar de uma associação que recebeu à poucos dias muitos milhares de euros e que no ano de 2013 deu cem mil euros de lucro”, referem os bombeiros em comunicado.
“Estamos a falar de uma direção que se vangloriava de ter uma gestão exímia e rigorosa. Ora pagar uma dívida e deixar outra é o quê? Não pagar a quem trabalha e que é o sustento da associação é garantir que se pagou uma divida, mas não se garante o pagamento futuro de mais nada. Perante toda esta situação e solidariamente entre voluntários e assalariados desta AHBVM foi decidido em reunião geral de bombeiros que a partir de amanhã [hoje] dia 13 de Maio de 2014 não haverá disponibilidade para qualquer serviço de socorro”, rematam os soldados da paz de Monção.
Questionado pela Vale do Minho sobre os procedimentos a tomar num eventual cenário de emergência no concelho, o comandante da corporação, José Passos, disse que “serão despachadas informações para o CDOS de Viana do Castelo. Será informada a Protecção Civil Municipal e alguém há-de acorrer, mas não os bombeiros de Monção”.
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