Os bombeiros alto-minhotos vão marcar presença na grande concentração de viaturas marcada para 18 de Agosto, em protesto contra as novas regras do transporte de doentes não urgentes, impostas pelo Governo.
A concentração foi aprovada, este sábado, pelos 500 responsáveis por corporações de bombeiros e anunciada pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Soares.
O presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Viana do Castelo, Luís Brandão Coelho, confirma a adesão dos bombeiros alto-minhotos ao protesto nacional, estando neste momento a ser organizada essa participação.
Além desta ação, está prevista a paralisação do transporte de doentes não urgentes em Setembro. Em causa está a nova lei que impede que o transporte seja feito pelas habituais ambulâncias de transporte de doentes e passe a ser feito em viaturas ligeiras de nove lugares. Situação que os bombeiros contestam e, por isso, ameaçam paralisar o serviço a 5, 6 e 7 de Setembro, uma medida nacional que terá implicações também no Alto Minho.
Luís Brandão Coelho lembra que as “associações humanitárias são a peça fundamental” para a prestação do transporte de doentes, com “qualidade e a baixo custo”, não esquecendo que, pela sua proximidade às pessoas, estão “adaptadas à realidade local”.
Com a quebra previsível nas receitas oriundas desse serviço, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses alertou que o socorro em Portugal está comprometido e que as associações de bombeiros podem abrir falência. Os bombeiros reivindicam, por isso, que seja instituída uma nova lei de financiamento destas associações.
Os bombeiros não se conformam com a perda do transporte de doentes não urgentes e, por isso, agendaram para 18 de Agosto uma concentração nacional em quatro cidades do país: Porto, Coimbra, Lisboa e Faro. Se o Governo não recuar, então a paralisação do serviço poderá acontecer já no início de Setembro, com “excepção dos doentes de hemodiálise, cancro e agudos”.
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