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Caminha

Bloco de Esquerda questiona Ministério da Saúde sobre antigo hospital da Gelfa que continua fechado

16 Fevereiro, 2012 - 08:21

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O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde sobre o futuro do antigo hospital psiquiátrico da Gelfa, Caminha, que já deveria ter reaberto como Unidade de Cuidados Continuados, após um investimento de 2,5 milhões de euros.

O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde sobre o futuro do antigo hospital psiquiátrico da Gelfa, Caminha, que já deveria ter reaberto como Unidade de Cuidados Continuados, após um investimento de 2,5 milhões de euros.

A situação foi revelada há dias, à Agência Lusa, por fonte ligada ao processo, que acrescentou que já foram recrutados os 33 profissionais que ali vão trabalhar, por parte do Instituto de São João de Deus, entidade que vai gerir a unidade da Gelfa.

O antigo hospital está encerrado há mais de uma década e deveria ter reaberto em dezembro já integrado na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), o que ainda não aconteceu.

Num requerimento dirigido ao Ministério da Saúde, apresentado terça-feira na Assembleia da República, o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo questiona se a situação é do “conhecimento” do Governo e para quando é que se prevê o inicio do funcionamento daquela unidade.

Fruto do protocolo celebrado com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), o Instituto de São João de Deus deverá contar com a concessão do património durante 35 anos, mas todo o investimento realizado “nunca sairá do domínio público”.

Fonte ligada ao processo admitiu à Lusa que a “falta de orçamentação” da ARS-N para o funcionamento desta unidade, com 41 camas, estará a atrasar o processo, situação que João Semedo quer ver esclarecida.

O deputado bloquista lembra tratar-se de uma unidade de internamento de longa duração “que visa dar resposta a utentes do distrito de Viana do Castelo e do Alto Minho, pretendendo especializar-se na área das demências”.

Recorda ainda que mais de 30 profissionais “haviam sido pré-contactados no sentido de averiguar a sua disponibilidade para iniciarem funções” naquela unidade, “tendo como perspetiva o início de funções no máximo em dezembro de 2011”.

“Alguns destes profissionais encontram-se em situação de desemprego e outros despediram-se para iniciarem funções unidade da Gelfa, continuando até hoje sem trabalhar”, escreve ainda o deputado.

Recorda ainda que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) anunciou, em agosto de 2011, um financiamento de 1,7 milhões de euros para a constituição da unidade da Gelfa, num investimento global de 2,5 milhões.

Fonte ligada ao processo explicou, a 08 de fevereiro, à Lusa, que “algum do equipamento já foi retirado” do interior do edifício para “não se deteriorar, porque ninguém sabe quando poderá começar a funcionar”.

Na mesma altura, fonte oficial da ARS-N não quis comentar o caso, reservando para “mais tarde” qualquer tomada de posição pública.

O edifício, que esteve praticamente abandonado durante uma década depois de desativado o hospital psiquiátrico, foi reabilitado durante o ano de 2011, ao nível das infraestruturas, acessibilidades e segurança, num investimento pelos promotores privados.

Segundo um despacho conjunto de 2011 dos ministérios da Saúde e da Solidariedade Social, a unidade da Gelfa, deveria ter iniciado funções em dezembro passado.

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