“De facto, no coração da Páscoa existe, em simultâneo, tristeza e alegria, trauma e esperança, medo e entrega. E, assim, está, também, o nosso coração. E tudo o que dele nasce, neste momento, só se pode resumir em três palavras: Obrigado Santo Padre! Obrigado pelas periferias! Obrigado pelo sorriso! Obrigado pelas vezes em que nos visitou!”.
As palavras foram escritas pelo Bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, e divulgadas esta segunda-feira nas redes sociais.
“Obrigado por nos recordar que o mundo é uma casa comum, e não um campo de batalha! Obrigado, pelos alertas de que a “a cultura do bem-estar” nos faz viver “em bolhas de sabão”!”, prosseguiu.
“Queridas irmãs e irmãos, num mundo que nos parece tão dividido e violento, o Papa Francisco ensinou-nos o poder da fragilidade. Hoje, regressando à casa do Pai, essa fragilidade toma a forma de um abraço. Não só nosso, mas, também, de Deus”, lê-se.
“Durante o seu pontificado, o Papa Francisco convidou-nos a “caminhar juntos”. Também neste momento não podemos fazer de outro modo. Assim sendo, pedia que, em todas e cada um das nossas comunidades, amanhã, pelas 12h00, os sinos tocassem levando até Deus as nossas orações pelo Santo Padre”, apela D. João Lavrador.
“Mas, de igual forma, queria pedir a participação de “todos, todos, todos”, para a Eucaristia que, no dia 24 de Abril, pelas 18h00, celebrarei na Sé de Viana, em oração pelo nosso querido Papa Francisco”.
“A sua primeira viagem foi a Lampedusa, para alertar para as “rotas de morte”, e “despertar consciências” para o drama das migrações. A última foi à Prisão Regina Coeli, onde olhou, olhos nos olhos, para aqueles que, tantas e tantas vezes, não têm rosto. Entre Lampedusa e Regina Coeli, ficaram-nos sorrisos e lágrimas. Que elas possam ser sempre lágrimas e sorrisos pascais”, conclui o Bispo de Viana do Castelo.
O Papa Francisco faleceu esta segunda-feira aos 88 anos de idade.
A notícia da morte do Papa surge um dia depois do Sumo Pontífice ter surpreendido os fiéis ao aparecer na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção “Urbi et Orbi”.
Comentários: 0
0
0