“Foi em Coura que senti que tinha mesmo nascido para a música”. A confissão foi feita por Benjamin Clementine ao jornal Correio da Manhã, durante uma curta entrevista antes do concerto no Campo Pequeno, em Lisboa, que encerrou a sua digressão ibérica. “Recordo-me de todas as atuações, mas foi inesquecível o concerto no festival de Paredes de Coura, no ano passado”, disse o artista.
Recorde-se que, quase que inesperadamente, Benjamin Clementine tornou-se no maior êxito da 25ª edição do Vodafone Paredes de Coura. Foi o concerto mais aclamado pelo público e pela crítica na edição do ano passado. Conseguiu arrebatar a multidão de tal forma que o espetáculo fez eco por toda a Europa. E pelo mundo.
Entrou no mundo da música em Paris, como artista de rua. “Aprendemos a ser mais humildes e a aceitarmos melhor as culturas que nos rodeiam, mas também acabamos por esperar menos das pessoas. Não temos ninguém que se preocupe connosco”, disse o cantor ao Correio da Manhã. Admite que foi difícil ultrapassar obstáculos. “Uma situação dessas não nos permite fazer planos para o futuro. Vivemos sempre o presente. Assim, fui construindo os meus instintos de sobrevivência”, acrescentou.
Benjamin Clementine nasceu a 7 de dezembro de 1988. Nativo de Edmonton, um subúrbio humilde de Londres, viveu a juventude em Paris como artista de rua. A carreira discográfica, iniciada em 2013, é composta por dois mini-álbuns e dois LP.
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