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Barbosa: “Há 10 meses diziam que o diabo ia chegar… mas o diabo não chegou”

2 Dezembro, 2018 - 09:11

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“O nosso PSD nacional dizia há dois anos que o diabo ia chegar. E ele ainda não chegou, felizmente para o país. Em Monção tivemos exatamente a mesma coisa. Há […]

“O nosso PSD nacional dizia há dois anos que o diabo ia chegar. E ele ainda não chegou, felizmente para o país. Em Monção tivemos exatamente a mesma coisa. Há nove ou 10 meses atrás também diziam que o diabo ia chegar. «Quando chegarmos ao final do ano, isto vai ser uma desgraça», diziam”. Foi desta forma, de baterias apontadas ao PS, que o presidente da Câmara arrancou este sábado o discurso no Jantar de Natal do PSD Monção, que reuniu num restaurante do concelho mais de 350 militantes e simpatizantes do partido. Com sala a abarrotar, António Barbosa falava perante uma multidão que começava a ter de apertar-se mesmo perante o enorme salão do Encosta do Crasto. “O que vos posso dizer é muito simples: demonstrou-se que é possível trabalhar e ao mesmo tempo ter contas equilibradas”, atirou o autarca social-democrata. “Ao fim do primeiro ano de mandato, baixámos a dívida bancária em quase 700 mil euros. Baixámos dois a três dias aos tempos médios de pagamento, que hoje andarão entre os 52 e os 55 dias”.

 

“Poupar dentro para poder gastar mais lá fora”

 

Afinal, prosseguiu Barbosa, “o diabo não chegou”. “O que está a acontecer é aquilo que sempre defendemos enquanto estivemos na oposição. A política é feita de opções, de prioridades. Aquilo que fizemos foi poupar dentro para gastar mais lá fora”, equacionou o edil para quem ainda há muito a fazer. “Se me perguntarem se a Câmara já está a funcionar à nossa imagem, eu digo que ainda não está. Caminha para lá. Há-de lá chegar um dia, mas ainda estamos longe”, avaliou. No entanto, “conseguiram-se já reduzir muitos desequilíbrios que lá existiam”.

Congratulando-se com todos os compromissos eleitorais estarem a ser cumpridos, Barbosa meteu a quinta e acelerou. Debruçou-se nos números do Orçamento Municipal. “Prometemos que iríamos aumentar o dinheiro para as freguesias em 125 mil euros por ano. No orçamento para 2018 passamos de 1 milhão e 500 mil euros para 1 milhão e 625 mil euros. Este ano aumentamos mais 125 mil euros e as Juntas de Freguesia já vão receber 1 milhão e 750 mil euros. Continuaremos o esforço até ao nosso compromisso final, que será as Juntas receberem 2 milhões de euros em 2021″, recordou.

Barbosa puxou a fita atrás. Lembrou a promessa de acabar com o fundo de maneio. “Terminou. E vou apresentar dados públicos sobre isso. Quanto é que isso significou e os gastos dos nossos gabinetes em representação”, garantiu Barbosa. “Hoje, no Município de Monção, se o presidente da Câmara, vereadores ou qualquer um dos outros elementos estiver em representação do Município em qualquer lado terá de vir à Câmara com a fatura que pagou do seu bolso. Mais clareza e transparência que esta não pode haver”. Longo aplauso para o presidente da Câmara.

De sorriso nos lábios, Barbosa considera que “ainda faz confusão a muita gente que de repente se tenha começado a falar de Monção”. Os sorrisos passaram para o público que no imediato perceberam o rumo que seguia o discurso do autarca. “Isso incomoda algumas pessoas e eu não entendo porquê. Ou se calhar até entendo… o problema é que estavam habituados a um Município completamente submisso a todos aqueles que nos envolviam. Quer no contexto do Alto Minho, quer no contexto do Norte de Portugal”. Os mimos à gestão socialista anterior começavam a aumentar de tom. “Hoje Monção é reconhecida não só no Alto Minho como em todo o lado. Não tenham dúvidas absolutamente nenhumas”. As palmas rebentaram no público. Barbosa fixava todos e cada um.

 

“Não sou de esquerda! Estou é do lado das famílias!”

 

Regressou novamente ao Orçamento, desta vez pegando pela conclusão última que tirou de um documento aprovado apenas com os votos favoráveis do PSD. “Será obra de quem está a governar, porque ninguém quis votar favoravelmente aquele que é tão somente o maior orçamento de monção em 42 anos de democracia. É disto que estamos a falar!”. Novo aplauso para Barbosa. Alguns militantes mais contagiados já aplaudiam em pé. “Social-democracia e socialismo, no seu centro, acabam por ter uma ideologia idêntica. Por isso, quando ouvimos hoje a direita e a esquerda a falar já é difícil perceber quem é um e quem é outro. A mim até me perguntam se sou de esquerda e eu respondo que não. Estou é do lado das famílias!”, exclamou Barbosa. “Se estar do lado das famílias é ser de esquerda, então eu sou com muito orgulho. Sou um social-democrata mais à esquerda… ou mais ao centro. Entendam-no como quiserem”, afirmou em tom taxativo. Abriu os canhões. “Quem se diz tão de esquerda e tantos anos estiveram a governar Monção, esqueceu-se das famílias. Quem está do outro lado é contra a devolução do IRS às famílias. Sabem o que estamos a fazer? A cumprir mais um dos compromissos não de campanha eleitoral mas que já tínhamos enquanto oposição”, frisou o presidente da Câmara. “Todos os anos estamos a aumentar 1% a este valor devolvido às famílias, o que significa que ao chegarmos a 2021 o meio milhão de euros que é receita da Câmara será todo devolvido ao bolso dos contribuintes”. Mais um longo aplauso para Barbosa.

Seguiu pelo investimento feito na educação. Voltou a enaltecer o “trabalho extraordinário” que está a ser feito pela vereadora Natália Rocha. Na ação social, não poupou elogios ao vereador João Oliveira. “O antigo Executivo tinha oito mil euros em medicamentos para pessoas carenciadas. Ao fim de um ano de governação temos hoje 100 mil euros, entre medicamentos e o projeto Casa Feliz que já está hoje a ser executado em duas situações – uma na freguesia da Bela e outra na freguesia de Pias”, avançou Barbosa. “Somos de direita, mas defendemos que quem está a governar deve olhar para os seus cidadãos. Não apenas de quatro em quatro anos na altura de pedir o voto, mas todos os dias no terreno junto deles”.

Em síntese, Barbosa deixou claro sobre quem fará realmente a avaliação da eficácia do Orçamento Municipal para 2019. “Vamos ter um Orçamento com muito pouco para falar e muito para ser visto no terreno. O melhor balizador daquilo que será este orçamento será o próprio cidadão que irá ver aquilo que vai acontecer”, finalizou o presidente da Câmara já ao som de um último aplauso, enquanto caminhava para a sua mesa para novo banho de multidão.

De referir que António Barbosa discursou precisamente no mesmo local e até no mesmo ponto onde, passam esta segunda-feira dois anos, Paulo Rangel enunciou palavras proféticas. Ficou, entre todos, conhecida como a Profecia de Rangel“António Barbosa vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD depois de ser presidente da Câmara de Monção”, disse o eurodeputado em 2016. Concretizou-se. Pelo menos uma das partes. Quanto à outra metade, o tempo o dirá.

 

Veja mais fotos do Jantar de Natal do PSD Monção que este sábado reuniu mais de 350 pessoas

 

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