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Viana do Castelo

Autárquicas: Militantes do BE decidem não apresentar listas

21 Junho, 2013 - 09:05

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Os militantes do Bloco de Esquerda (BE) em Viana do Castelo decidiram não apresentar qualquer lista às próximas eleições naquele município, discordando da decisão anterior dos órgãos nacionais de chumbar a coligação autárquica com o PS em Caminha.

Os militantes do Bloco de Esquerda (BE) em Viana do Castelo decidiram não apresentar qualquer lista às próximas eleições naquele município, discordando da decisão anterior dos órgãos nacionais de chumbar a coligação autárquica com o PS em Caminha.

A informação foi avançada esta semana à Lusa pelo ex-coordenador distrital do BE que, a pedido da direção nacional do partido, convocou para o passado dia 14 uma assembleia de cooperantes do concelho de Viana do Castelo para estes se pronunciarem sobre uma eventual candidatura autárquica local, face à demissão dos vários responsáveis locais.

“Desta assembleia resultou a opinião, por maioria dos aderentes [militantes], de que não deveriam ser apresentadas candidaturas nas próximas eleições autárquicas na área do concelho de Viana do Castelo”, afirmou Luís Louro.

O dirigente demissionário e mais antigo militante em Viana do Castelo recordou que os estatutos do BE estabelecem que “apenas” os órgãos locais podem “definir a política autárquica e candidaturas eleitorais locais”, motivo pelo qual foi convocada esta assembleia.

Na base da decisão dos militantes, explicou ainda Luís Louro, esteve a forma como a coligação autárquica – negociada pelos responsáveis locais de Caminha e da distrital do BE com as estruturas do PS – foi “tratada” pelos órgãos nacionais, que a chumbaram em abril. Alegaram que envolvia apenas dois partidos, não abrangendo assim toda a esquerda, como os órgãos centrais exigiam.

“Como é possível defender publicamente um Governo que reúna toda a esquerda, quando nem uma coligação autárquica se consegue fazer com os partidos [PCP acabou por recuar e não integrou o acordo] que se mostram disponíveis?”, questiona Luís Louro.

Depois dessa decisão, dos órgãos nacionais, a coordenadora distrital, liderada por Luís Louro e que integrava outros militantes históricos do partido na região, provocou eleições, agendadas para maio. Contudo, nenhuma lista foi apresentada e aquele órgão distrital não se encontra formado há mais de um mês.

Em Viana do Castelo, em quatro eleições autárquicas, esta será a primeira vez que o Bloco não deverá apresentar qualquer lista.

Há quatro anos, num universo de 51.365 votantes, a candidatura do partido à Câmara de Viana do Castelo obteve 2.439 votos (4,75%), sem garantir qualquer eleito. Já para a Assembleia Municipal, que seria a grande aspiração do partido em 2013, o BE somou 3.083 votos (6%), elegendo dois deputados municipais – um dos quais Luís Louro -, e outros dois elementos para assembleias de freguesia do concelho.

“Entendeu-se que não haveria daí [não apresentar candidatos] grande problema, em termos de imagem do Bloco na área do concelho. O partido está bem implantado, as pessoas conhecem os dirigentes e sabem o trabalho que tem sido feito”, assegura Luís Louro.

Entretanto, foi já agendada para 29 de junho a eleição da concelhia de Viana do Castelo do BE, estrutura que nunca foi criada tendo em conta que as funções foram sempre assumidas, até agora, pela coordenadora distrital.

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