O homem que durante 20 anos liderou a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, em Caminha, admitiu hoje voltar a ser candidato, de novo pela CDU, garantindo que a lei não o impede de regressar.
“O que diz a lei [da limitação de mandatos autárquicos] é que os que interromperem o seu ciclo de mandatos poderão voltar a ser candidatos e a fazer três mandatos. É essa a minha situação e nesta altura posso dizer que estou a pensar em voltar”, admitiu à agência Lusa Carlos Alves.
Empresário de construção civil, Carlos Alves foi presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros entre 1989 e 2009. Localidade celebrizada pela realização do mítico festival de música, Carlos Alves esteve, enquanto autarca, na génese do regresso do evento, na década de noventa, após vários anos de interregno, que agora se repetem.
Em 2009, após cinco mandatos autárquicos cumpridos naquela junta, sempre pela CDU, Carlos Alves deixou a vida política, não se recandidatando. O PSD acabaria por vencer as eleições para a Assembleia de Freguesia de Vilar de Mouros, com 188 votos, contra os 186 alcançados pelo candidato da CDU e os 184 da lista do PS.
“Quando decidi não me candidatar mais era para não voltar. Mas lá diz o ditado que nunca devemos dizer nunca”, ironizou Carlos Alves, admitindo que já estão em curso “conversações” com órgãos locais do PCP nesse sentido.
“Tudo vai depender do partido a que pertenço. O que me poderá mover para regressar à vida política é a inação que vejo na freguesia, custava-me assistir passivamente a isto”, disse ainda o ex-autarca, hoje com 61 anos.
No Alto Minho a CDU detém apenas a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, na cidade de Viana do Castelo, que, com cerca de 10.000 habitantes, é a maior do distrito de Viana do Castelo. Segundo o novo mapa autárquico, Santa Maria Maior deverá agregar-se às “vizinhas” de Monserrate e Meadela, também na cidade, formando um único órgão com quase 30.000 habitantes.
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