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Caminha

Autarcas levam ao Governo português projeto para tornar rio Minho navegável

15 Maio, 2013 - 09:20

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Os autarcas de Caminha e La Guardia, Espanha, reúnem-se a 22 de maio no ministério do Ambiente para apresentar o projeto comum para tornar o rio Minho navegável, disse à Lusa fonte do executivo municipal português.

Os autarcas de Caminha e La Guardia, Espanha, reúnem-se a 22 de maio no ministério do Ambiente para apresentar o projeto comum para tornar o rio Minho navegável, disse à Lusa fonte do executivo municipal português.

Segundo a fonte, a reunião dos autarcas proponentes do projeto “O Minho que nos une” será em Lisboa, às 15:00, com o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Paulo Lemos, e envolverá a presença do vice-presidente da Câmara de Caminha, Flamiano Martins, e do alcaide galego de La Guardia, José Manuel Freitas.

Depois de uma reunião de trabalho realizada em janeiro, em Caminha, envolvendo todos os autarcas do vale do rio Minho, português e espanhol, o projeto “O Minho que nos une” desenvolveu-se, sexta-feira, num seminário que decorreu em paralelo nas duas localidades vizinhas.

“Queremos aproveitar a potencialidade que o rio Minho tem, em termos turísticos, culturais, patrimoniais e económicos, apresentando um projeto dinamizador e potenciador, que envolva também as pessoas”, explicou, na ocasião, o alcaide José Manuel Freitas.

Nesta altura pretende-se estabelecer a melhor forma de transformar o projeto de navegabilidade numa candidatura a fundos do próximo quadro comunitário de apoio, a vigorar entre 2014 e 2020.

Por isso mesmo, a reunião em Lisboa deverá integrar também o diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal, Juan Lirón.

Os autarcas locais acreditam ser possível promover a navegabilidade do rio Minho, entre a foz, em Caminha, e pelo menos Valença, potenciando, nomeadamente, a realização de cruzeiros turísticos, num processo idêntico ao iniciado há vários anos no rio Douro.

“Não queremos que o rio Minho provoque a separação das duas margens, mas que seja um elo de ligação entre as duas regiões”, aponta, por seu turno, Flamiano Martins, vice-presidente da Câmara de Caminha.

Com a navegabilidade no Minho, os municípios pretendem fomentar a exploração do rio e das suas margens, transformando-o num polo de atração turística e “uma fonte de riqueza para a região”.

Do lado português, o rio Minho atravessa ainda os concelhos de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço.

Segundo os promotores deste projeto, um operador turístico já admitiu o potencial do rio Minho para receber cruzeiros turísticos e, com a dragagem de um canal próprio, seria possível navegar com barcos até 50 metros de comprimento.

O Minho é um rio internacional que nasce a 750 metros de altitude, na Serra da Meira, na Galiza, Espanha. Percorre 300 quilómetros até à foz, dos quais 75 como fronteira natural entre Portugal e Espanha.

No âmbito deste projeto, a Câmara de Caminha já admitiu a possibilidade de uma candidatura daquele rio a Património Mundial da Humanidade da UNESCO.

“Estou certo que esta candidatura faz sentido porque o rio Minho tem beleza natural e biodiversidade para merecer a classificação da UNESCO. Além disso, esta é uma forma de garantir a proteção do rio em termos ambientais e de beleza natural”, afirmou Flamiano Martins.

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