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Alto Minho

Autarcas do Norte e Galiza querem rio Minho navegável para fins turísticos

28 Janeiro, 2013 - 14:51

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Os autarcas portugueses e galegos do vale do Minho anunciaram hoje a intenção de avançar, a partir de 2014, com um projeto para tornar aquele rio internacional navegável, potenciando a sua utilização turística.

Os autarcas portugueses e galegos do vale do Minho anunciaram hoje a intenção de avançar, a partir de 2014, com um projeto para tornar aquele rio internacional navegável, potenciando a sua utilização turística.

“Queremos aproveitar o potencial do rio Minho em termos turísticos e económicos, mas também na vertente natural. O rio Minho é uma joia que pode trazer desenvolvimento às populações das duas margens”, afirmou Flamiano Martins, vice-presidente da Câmara de Caminha.

A autarquia portuguesa, em conjunto com o município galego de La Guardia, recebeu hoje representantes dos municípios, dos ambientalistas, dos empresários e dos pescadores dos vários concelhos das duas margens do rio Minho, encontro que serviu para apresentar o projeto “O Minho que nos une”.

O objetivo passa por avançar com uma candidatura a fundos do próximo quadro comunitário de apoio, a vigorar entre 2014 e 2020, para promover a navegabilidade do rio Minho, entre a foz, em Caminha, e Melgaço, potenciando, nomeadamente, a realização de cruzeiros turísticos.

O encontro serviu para os vários envolvidos assumirem o interesse neste projeto, seguindo-se agora uma fase de recolha de estudos sobre o rio Minho para posterior candidatura a fundos comunitários, processo coordenado por um grupo de trabalho também hoje formalmente criado em Caminha.

“Será necessário fazer dragagens e criar estruturas de apoio ao longo das margens, em termos turísticos e económicos. Também temos de pensar na pesca e nos produtos locais”, sublinhou Flamiano Martins.

Com a navegabilidade do rio Minho, os autarcas pretendem fomentar a exploração do rio e das suas margens, transformando-o num polo de atração turística e “uma fonte de riqueza para a região”.

“A navegabilidade do rio Douro também era impensável há anos e, contudo, na década de 90 navegaram por lá os primeiros cruzeiros turísticos. Hoje, circulam nele mais de 350 mil passageiros”, recorda o autarca de Caminha.

Do lado português, o rio Minho atravessa ainda os concelhos de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço.

“É um projeto muito bonito e que no futuro poderá servir para pormos ordem na desordem que o temos no rio Minho, preservando o que já hoje temos”, explicou José Manuel Freitas, alcaide de La Guardia.

Segundo os promotores deste projeto, um operador turístico já admitiu o potencial do rio Minho para receber cruzeiros turísticos e, após a dragagem de um canal próprio, será possível navegar com barcos até 50 metros de comprimento.

“Se não aproveitarmos o próximo quadro comunitário de apoio para o fazer, será muito difícil concretizar este projeto depois”, rematou o autarca galego, que dentro de dois meses deverá receber a próxima reunião de trabalho no âmbito deste projeto.

O Minho é um rio internacional que nasce a 750 metros de altitude, na Serra da Meira, na Galiza, Espanha. Percorre 300 quilómetros até à foz, dos quais 75 como fronteira natural entre Portugal e Espanha.

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