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Alto Minho

Autarca de Viana associa-se a protesto contra portagens nas ex-SCUT

27 Fevereiro, 2013 - 15:05

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo confirmou hoje a presença na manifestação de sexta-feira contra as portagens nas ex-SCUT, organizada por utentes e empresários, assumindo que a região está a ficar “estrangulada”.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo confirmou hoje a presença na manifestação de sexta-feira contra as portagens nas ex-SCUT, organizada por utentes e empresários, assumindo que a região está a ficar “estrangulada”.

“Não podemos voltar à Idade Média, não queremos o concelho de Viana do Castelo isolado e esta manifestação será em defesa da economia e do emprego, porque queremos condições favoráveis para que as nossas empresas continuem a empregar pessoas e a gerar riqueza”, afirmou o socialista José Maria Costa, durante uma conferência de imprensa conjunta com o movimento de utentes da região.

O movimento “Naturalmente não às portagens na A28” é um dos que, a nível nacional, promove esta sexta-feira iniciativas de protesto contra as atuais e eventuais novas portagens nas ex-SCUT (vias Sem Custos para o Utilizador).

Em Viana do Castelo, este protesto terá lugar a partir das 08:00, através de uma caravana automóvel acompanhada de buzinão, devendo condicionar as entradas e saídas da cidade.

“Vou associar-me ao protesto, tal como já o tinha feito em 2010 [introdução de portagens na A28] e lanço um apelo forte à população e aos empresários para que façam o mesmo, com as suas viaturas. Termos ainda mais portagens é algo inadmissível”, disse José Maria Costa.

Em cima da mesa está a possibilidade de instalação de 15 novos pórticos de cobrança de portagens, cinco dos quais no distrito de Viana do Castelo, conforme documento enviado pelo Governo à ‘troika’ no final de 2012.

No Alto Minho são os casos da A28, entre Viana e Caminha (com dois pórticos), e da A27, entre Viana e Ponte de Lima (com três pórticos). Somam-se mais dois pórticos previstos para a A28 – já portajada desde 2010 -, que liga Viana do Castelo ao Porto, mas fora do distrito.

Contudo, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, já garantiu que o Governo não pretende avançar com mais portagens enquanto não houver um “novo modelo” para as ex-SCUT.

“Não é possível termos mais portagens, nem as que já temos hoje. Os estudos demonstram que a região do Alto Minho não deveria ser portajada face aos seus níveis de desenvolvimento”, afirmou o porta-voz do movimento de utentes. Apesar de prever constrangimentos à circulação automóvel durante a manhã de sexta-feira, Jorge Passos lembra tratar-se de uma “causa de todos”.

“Se as populações não se unirem na defesa do seu território, naturalmente que os políticos do Governo central vão seguir o seu caminho, destruindo a economia da região. Daqui a algum tempo não teremos nem empresas, nem pessoas, mas sim um deserto, uma cidade bloqueada por autoestradas e a possibilidade de sair apenas pelo mar”, rematou Jorge Passos.

Segundo dados da autarquia, desde a introdução de portagens na A28, entre Viana do Castelo e Porto, a economia da região caiu 30% e a relação com a Galiza foi “seriamente afetada”.

“Com mais portagens, teremos mais deslocalização de empresas. O Governo deve fazer as contas e entender que vai causar mais desemprego e insolvências com estas medidas, aumentando os custos sociais e os seus encargos. Ou seja, terá mais prejuízo do que as receitas que pode ir buscar”, concluiu, por seu turno, José Maria Costa.

Como alternativa, e tendo em conta os custos atuais com as parcerias público-privadas, o autarca desafiou o Governo a estudar a compra destas concessões, em condições mais favoráveis para o Estado português.

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