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Viana do Castelo

Autarca admite recandidatura depois de garantir que Viana não perde o comboio

15 Outubro, 2012 - 14:02

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo admite recandidatar-se nas eleições de 2013, sublinhando que a sua “liderança” transfronteiriça evitou que o concelho deixasse de ver passar os comboios.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo admite recandidatar-se nas eleições de 2013, sublinhando que a sua “liderança” transfronteiriça evitou que o concelho deixasse de ver passar os comboios.

“Temos que ser humildes, mas também realistas. Acho que a minha liderança do Eixo Atlântico, na defesa da modernização da Linha do Minho, deu resultados”, afirmou à agência Lusa o socialista José Maria Costa.

Presidente da Câmara de Viana do Castelo desde 2009, José Maria Costa sustenta que o município conseguiu “passar de uma via-férrea que ia ser desativada aos poucos” para uma ligação “reconhecida” pelos Governos de Portugal e Espanha junto da Comissão Europeia como “prioritária” e que será modernizada.

“Isto é um ganho muito importante para Viana do Castelo, porque a linha principal, com o TGV, era de Braga para Valença [e depois para Vigo] e a nossa seria um ramal. Íamos perder influência e importância”, sublinhou.

Para a concretização deste objetivo foi “decisiva” a intervenção do Eixo Atlântico, organismo que reúne as 34 maiores cidades do Norte de Portugal e da Galiza e que em 2011 passou a ser liderada precisamente por José Maria Costa.

“Conseguimos puxar essa ligação [Porto-Vigo] de novo para a nossa linha e com a modernização vamos criar ainda melhores condições para a competitividade do território”, apontou.

Embora ainda sem um convite formal da ‘concelhia’ do PS, à qual preside, José Maria Costa admite que tem recebido “muitos incentivos” para avançar com a primeira recandidatura, em 2013.

“Estou a ponderar seriamente e sinto-me muito inclinado a apresentar uma nova candidatura, atendendo ao trabalho desenvolvido e porque tem sido um grande orgulho defender Viana do Castelo”, reconheceu.

Acrescentou que face a uma postura de “negociação”, sobretudo regional, em três anos de mandato o concelho conseguiu aprovar candidaturas ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para obras no valor de 32,5 milhões de euros.

“Como nunca se tinha conseguido até aqui e em setores diferentes, como o Centro de Mar ou Centro Cultural de Viana do Castelo”, sublinhou.

Uma parte substancial destes fundos foi garantida pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM), à qual Viana do Castelo apenas aderiu já durante a liderança de José Maria Costa.

Com o anterior presidente, o também socialista Defensor Moura, a Câmara decidiu não integrar a CIM, alegando que a dimensão do concelho não estaria devidamente representada nos processos de decisão.

Uma posição que o então vereador José Maria Costa apoiou, mas que ao fim de poucos meses como presidente acabaria por reverter, alegando que os restantes nove municípios – dos quais cinco são liderados pelo PS -, aceitaram uma tomada de decisões na CIM feita “por consenso”.

“Não corrigi nenhum erro. Por processos que um dia a história julgará, não foi possível encontrar antes um acordo. Naturalmente também por questões de personalidades, que por vezes dificultam negociações”, admitiu.

Atualmente com 51 anos, José Maria Costa entrou para a Câmara de Viana do Castelo como adjunto, em 1994, durante o primeiro mandato de Defensor Moura.

Tinha então 33 anos e quatro anos depois assumia as funções de vereador do Ambiente que manteve até 2009.

Insiste que substituiu os 16 anos de liderança do seu mentor, depois de vencer as suas primeiras eleições autárquicas, com muito “espírito de negociação”.

“Tenho um estilo próprio, que é meu”, rematou.

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