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Monção

Augusto Domingues/PERU: «Não estivemos à espera do programa para criar desenvolvimento»

21 Junho, 2017 - 03:57

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Projeto de reabilitação da Nacional 101 mereceu louvor por parte da empresa que apoiou na concepção do documento.

“O futuro já começou”. A ideia foi sublinhada pelo presidente da Câmara de Monção, esta terça-feira, durante a apresentação pública do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), realizada no Cine Teatro João Verde. Desviando-se dos termos mais técnicos, Augusto Domingues preferiu realçar o facto de que a autarquia já trabalhava na área da reabilitação antes da concepção dos dois dossiers que foram o PERU monçanense. “Não estivemos à espera do PERU para criar desenvolvimento e requalificar o centro histórico”, frisou o edil socialista. Exemplificou com a requalificação da Casa do Curro (hoje Museu do Alvarinho) e com a requalificação do antigo Balneário Termal. “Um dos principais objetivos de qualquer autarca que se preze é fomentar as políticas de empreendedorismo, fomentar o emprego no sentido de criar qualidade de vida às populações”, continuou o autarca.
Inevitavelmente, Augusto Domingues apontou também a zona evolvente à antiga estação de caminhos-de-ferro. “Não só recuperámos a estação [hoje sede da Banda Musical de Monção] como adquirimos casas em ruínas na envolvente que foram demolidas para exponenciar o amuralhado”, recordou. “Estão agora criadas as condições para que se discuta um projeto para a zona no sentido de avançarmos para a sua requalificação. Falta-nos «coser» o centro histórico com a parte nova da vila”, concluiu Augusto Domingues.

Especialistas elogiam reabilitação da 101

A SPI – Sociedade Portuguesa de Inovação, empresa que apoiou a autarquia na elaboração do PERU, destaca sobretudo o projeto de reabilitação da Estrada Nacional 101. O eixo entre a rotunda de Cortes e a rotunda de acesso ao centro urbano/ponte internacional, numa extensão aproximada de 700 metros, já passou da discussão e votação para a concretização no terreno. “A abordagem tradicional da reabilitação urbana foca-se nos centros históricos das vilas ou das cidades. Mas muitas das vezes, para reabilitar-se um centro histórico, as intervenções não terão de ser exclusivamente neste espaço. Muitas vezes é mais importante a sua articulação com o exterior do que a própria reabilitação de um ou outro edifício no centro”, disse Pedro Rocha à Rádio Vale do Minho, um dos engenheiros da equipa da SPI. “Queremos que tanto a Praça da República como a Praça Deu-la-Deu gerem fluxos turísticos, económicos e das vivências tradicionais da população de Monção”, acrescentou.
Para Pedro Rocha, este é um PERU “que se pretende sustentável e encaminhado para que Monção possa aproveitar da melhor forma os financiamentos existentes mas que não se limita a isso. É um plano com um horizonte temporal de 10 a 15 anos mas, para alguns dos projetos que aqui estão, terá de haver um trabalho de procura de financiamento ou de elaboração por recursos próprios da Câmara”, referiu.
As explicações foram complementadas pela Vice-Presidente da Câmara e vereadora das Obras. À Rádio Vale do Minho, Conceição Soares explicou que neste programa estão contempladas todas as ações a serem realizadas na área da intervenção urbana (centro histórico, zona ribeirinha e área confluente ao centro histórico). “Isto já vem desde o ano 2000 com a criação do Gabinete Técnico Local. Desde esse ano que o Município tem feito uma série de ações no sentido de reabilitar o Centro Histórico. Isto é mais um passo para essa definição”, enfatizou a autarca.
À semelhança do presidente da Câmara, Conceição Soares destacou a Praça Deu-la-Deu e a Zona Envolvente da Estação como as duas grandes intervenções previstas no PERU monçanense [as obras na Praça da República deverão avançar dentro de dias]. No entanto, concluiu a vereadora, “dentro das infraestruturas há ainda muita coisa a reabilitar. As nossas infraestruturas (águas, saneamento, etc…) são muito antigas”.

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