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Viana do Castelo

Aterro sanitário vendeu 1,6 milhões de euros de eletricidade em 2011

20 Julho, 2012 - 08:15

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O Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado, gerido pela sociedade Resulima, vendeu, em 2011, mais de 1,6 milhões de euros de eletricidade, produzida através de biogás.

O Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado, gerido pela sociedade Resulima, vendeu, em 2011, mais de 1,6 milhões de euros de eletricidade, produzida através de biogás.

“Neste momento, só 35 por cento das necessidades para cobrir os nossos custos é que têm origem na tarifa aos municípios. Em 2011, a valorização energética de biogás representou 1,6 milhões de euros de vendas, ou seja 35 por cento dos nossos proveitos”, explicou à agência Lusa o administrador da Resulima.

Segundo José Cardona, os restantes 30 por cento dos proveitos resultam da recolha seletiva, para reciclagem, feita no aterro, que funciona desde 1999 em Vila Fria, Viana do Castelo.

“Em 2012, devemos manter estes valores e, por isso, cada vez dependemos menos da tarifa, que depois os municípios repercutem nos munícipes. Porque 65 por cento da nossa estrutura de proveitos está coberta com outras origens, fora da tarifa”, acrescentou o administrador.

Este aterro serve os concelhos de Viana do Castelo, Barcelos, Esposende, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, que contam com uma tarifa, na entrega de resíduos, de 18 euros por tonelada, a mais baixa entre doze sistemas do género no país, em que a média está nos 25,6 euros.

A Resulima é detida em 51 por cento pela Empresa Geral do Fomento (EGF), cabendo os restantes 49 por cento aos seis municípios.

Para a produção de eletricidade foi realizado, em 2011, um investimento de 2,1 milhões de euros, assegurando uma produção de 15 GWh (GigaWatt-hora) anuais de energia elétrica.

Este biogás é gerado pela degradação da matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos e é composto maioritariamente por metano e dióxido de carbono, uma percentagem residual de compostos de enxofre e de compostos orgânicos voláteis.

O produto é captado da massa de resíduos sólidos depositada no aterro sanitário através de uma rede de drenagem por aspiração e conduzido a dois motores de combustão interna que transmitem a energia mecânica gerada a dois alternadores de 2MW.

Estes produzem, por sua vez, energia elétrica através de um consumo de cerca de 1.100 metros cúbicos de biogás por hora, com um teor de metano na ordem dos 56 por cento.

O Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado deveria encerrar ao fim de dez anos, passando a funcionar, numa lógica de rotatividade, no vizinho município de Barcelos, que entretanto já escolheu a localização da futura infraestrutura, na freguesia de Paradela.

No entanto, segundo a avaliação técnica ao atual aterro de Vila Fria, o equipamento tem condições para funcionar até final de 2014, estando em curso um processo de renovação do licenciamento.

O prolongamento do tempo útil de vida do aterro é justificado pela redução de 25 por cento nas quantidades depositadas em relação ao estimado em 1999.

“Basta dizer que o projeto previa encaixar 1,650 milhões de metros cúbicos de resíduos e em junho deste ano temos 1,320 milhões ocupados. Essa diferença permite-nos chegar, com muita segurança, até ao final de 2014”, garantiu ainda o administrador.

Quanto à mudança do aterro para Barcelos, José Cardona admite tratar-se de um processo sobretudo político, cuja vertente técnica está a ser “tratada”.

“Está tudo encaminhado para, ainda este ano, licenciar o projeto nas entidades competentes. Só depois disso é que podemos avançar com a aquisição dos terrenos e lançar os concursos para a construção”, apontou ainda.

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