Dois jovens arquitetos de Viana do Castelo lançam sábado o primeiro showroom da premiada MIMA House, um tipo de casa pré-fabricada de inspiração japonesa que já recebeu encomendas de todo mundo.
Trata-se de um modelo de casa pré-fabricado, construída em série em menos de dois meses e com uma área entre os 18 e os 36 metros quadrados. Ao cliente cabe a escolha dos materiais e detalhes, como acabamentos ou louças.
O conceito valeu à MIMA House a vitória, em março, no prémio do “Edifício do Ano 2011”, na categoria “Casas”, pelo site de arquitetura ArchDaily, que contou com 65.000 participações.
Pronta a habitar, o preço destas casas começa nos 39 mil euros, mas toda a conceção pode ser alterada, à semelhança da arquitetura tradicional japonesa, assente numa estrutura de pilar e viga com um espaço fixo. Tudo o resto são paredes com painéis e peças modulares, personalizadas pelo cliente.
“Mantendo a qualidade arquitetónica, que para nós é o mais importante, tentamos criar um produto mais económico que mantivesse as qualidades espaciais e construtivas, contornando as questões do tempo e das legalizações, porque já responde aos parâmetros”, explicou Marta Brandão, que define o objetivo: “Combater a arquitetura como um objeto de luxo”.
Os dois arquitetos, de 26 e 27 anos, ambos naturais de Viana do Castelo, dedicaram os últimos meses à sistematização de processos, para definir a “forma mais rápida de produzir” e o método “mais eficiente de transportar e montar” estas casas.
“A ideia é serem muito mais rápidas de construir e mais baratas, porque são feitas em série, mas mantendo a parte da personalização, que é o que mais se valoriza no projeto de arquitetura”, defende a autora, que partilha o projeto com Mário Sousa, um ano mais velho.
A equipa conta ainda com um engenheiro informático a quem cabe a responsabilidade de personalizar a casa, ainda no plano virtual, em três dimensões, para moldar as escolhas do cliente.
Este sábado abrem na cidade o primeiro espaço do projeto MIMA Housing, com um showroom onde será possível aos clientes interessados viveram a experiência.
“Será um quarto em que vão conseguir ter uma ideia do que será a casa, tocando, percebendo, o que são as paredes internas e externas”, explicou ainda Marta Brandão, admitindo que nesta altura já existe lista de espera para um produto que rapidamente se espalhou pela internet.
“Temos centenas de pessoas, de todo o mundo, que já demonstraram interesse. O dia da inauguração do nosso primeiro espaço corresponde ao início da comercialização destas casas”, acrescenta ainda.
Segue-se agora a fase de produção e os dois arquitetos admitem desde já a necessidade de contratação de vários especialistas face ao volume de encomendas.
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