PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

Arménio Carlos avisa que CGTP só aceitará viabilização dos Esteiros de Viana

20 Fevereiro, 2013 - 14:47

117

0

O secretário-geral da CGTP avisou hoje que aquela estrutura sindical não aceitará uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que não passe pela viabilização, reclamando do Governo “mais do que conversa”.

O secretário-geral da CGTP avisou hoje que aquela estrutura sindical não aceitará uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que não passe pela viabilização, reclamando do Governo “mais do que conversa”.

“A CGTP, aconteça o que acontecer, não vai deixar cair esta causa, que é dos trabalhadores dos estaleiros, do povo do norte e, acima de tudo, do povo português”, afirmou Arménio Carlos, hoje de manhã, durante uma manifestação em defesa da empresa.

Este foi já o quarto protesto do género realizado em Viana do Castelo desde 2011 e reuniu mais de mil pessoas, entre trabalhadores, ex-funcionários e população, para contestar o processo de reprivatização dos estaleiros e a incerteza sobre o futuro da empresa.

“Daqui dizemos ao senhor primeiro-ministro que, mais do que conversa, o que estamos a exigir são atos. Não venham com conversas que isto [ENVC] tem de ser privatizado”, sublinhou Arménio Carlos, durante a concentração que, após percorrer várias ruas da cidade, terminou na principal praça de Viana do Castelo ao som de “Grândola Vila Morena”.

“Por mais manobras, manipulações e tentativas para desgastar os trabalhadores e a população, estamos todos irmanados no objetivo de salvar os estaleiros e colocar a empresa a produzir ainda mais”, reforçou o líder da CGTP.

O ministro da Defesa admitiu hoje, no Parlamento, que a investigação lançada pela Comissão Europeia aos apoios públicos de 180 milhões de euros atribuídos aos ENVC “inquina de forma dramática” a sua reprivatização.

Questionado pelos deputados, José Pedro Aguiar-Branco admitiu outros cenários para a empresa, assumindo que o processo está “complicado” e que a hipótese da reprivatização dos estaleiros se mantém, mas que poderá seguir-se “outra qualquer”.

“Porque razão é que vamos dar aos outros aquilo que precisamos, aquilo que pode pôr este país a andar para frente, como é o caso dos estaleiros de Viana?”, questionou, por seu turno, Arménio Carlos, exigindo do Governo um “olhar diferente” sobre a empresa e a construção naval em Portugal.

Tendo em conta o contrato de 128 milhões de euros para construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela, por concretizar desde 2010 e em risco de incumprimento, defendeu o fim dos “bloqueios e boicotes” ao funcionamento da empresa.

“É altura do Governo assumir as suas responsabilidades e dizer publicamente se está com a indústria, com Viana e com os estaleiros. Não basta falar de reindustrialização, é preciso ter projetos e aproveitar a mão-de-obra que temos”, sublinhou ainda Arménio Carlos.

Perante cartazes e palavras de ordem por parte de mais de mil pessoas, contestando o Governo e em particular ao ministro da Defesa, o líder da CGTP assumiu: “O povo é quem mais ordena, e o povo não aceita que os ENVC não tenham futuro”.

Últimas