Cerca de 40 por cento das 100 toneladas de mel produzidas anualmente na região do Alto Minho já são exportadas e o número de apicultores da região está a aumentar, anunciou fonte da associação do setor.
“Estamos a fazer um recenseamento do número de apicultores da região e temos sentido muitos jovens, de fora do Alto Minho, que se estão a instalar e a aproveitar estas condições de produção”, explicou à Agência Lusa o presidente da Associação Apícola de Entre Minho e Lima (APIMIL), Alberto Dias.
Naquela região, segundo as estimativas da APIMIL, existem nesta altura cerca de 8.000 colmeias, de 400 apicultores, e que produzem até 100 toneladas de mel todos os anos.
“No entanto, destes, só quatro é que são apicultores profissionais, ou seja declaram mais de 150 colmeias. Cada vez mais a nossa aposta passa por aumentar a produção e não apenas aquela exploração quase para consumo próprio”, explicou o responsável, à margem de uma conferência sobre o setor realizada, sábado, em Caminha.
Um dos problemas identificados na região é a questão da “escala”, já que as produções são, por norma, de poucas colmeias.
“Apesar disso o nosso produto está cada vez mais referenciado externamente e temos registado uma procura significativa, de mercados como Espanha e Alemanha. Isto quer dizer que a apicultura pode também ser uma fonte de negócio e não um hobby, como muitas vezes acontece”, apontou ainda Alberto Dias.
O mel produzido no Alto Minho chega a ser vendido entre três a quatro euros por quilo.
“É uma região com grandes condições de produção, nomeadamente com uma flora muito variada e significativa, um clima ameno, além de uma exposição solar elevada. Por isso a qualidade e o interesse está a apresentar”, acrescentou.
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