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Desporto

Antevisão do fim-de-semana desportivo de 27 e 28 de Abril

26 Abril, 2013 - 13:19

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Lá diz o provérbio que “no princípio ou no fim, Abril é ruim”. Parafraseando-o, já o foi no início para alguns e sê-lo-á também para outros agora que se aproxima do seu final. Em contaste, será bom, talvez óptimo ou excepcional, para outros. É a grande sina destas ocasiões: uns em felicidade, outros em desilusão, agora que está a chegar a hora do tudo ou nada. Em praticamente todas as competições.

Lá diz o provérbio que “no princípio ou no fim, Abril é ruim”. Parafraseando-o, já o foi no início para alguns e sê-lo-á também para outros agora que se aproxima do seu final. Em contaste, será bom, talvez óptimo ou excepcional, para outros. É a grande sina destas ocasiões: uns em felicidade, outros em desilusão, agora que está a chegar a hora do tudo ou nada. Em praticamente todas as competições.

Entregue, de forma incontestável, a Taça de Honra ao Cerveira, com dupla vitória perante o Vila Fria, eis o regresso do campeonato para as grandes decisões, no topo e no sopé da prova. O líder Courense regressa ao trabalho após prolongado mês e meio de férias, traduzindo sempre uma incógnita depois de tão grande pausa sem actividade, pelo menos competitiva. E digamos desde já que a deslocação à Correlhã será a primeira de três grandes provas de fogo neste teste à liderança. Os cornelianos já não têm qualquer hipótese matemática de conseguir o primeiro lugar, mas tentarão manter o seu honroso quinto posto, além das dificuldades habituais colocadas aos visitantes.
À espreita de escorregadela vai continuar o trio seguidor, nomeadamente o Valenciano, a um escasso ponto, anfitrião do Bertiandos, conjunto que integra o trio de condenáveis, complicando esta situação a vida aos valencianos que não têm conseguido os melhores resultados nos últimos encontros; mas também o Neves espreita a liderança, recebendo no seu terreno o vizinho e rival Vila Fria, contando o visitado, além do poderio e do factor casa, com algum cansaço do visitante, motivado pelo jogo de ontem; além do Cerveira, com menos hipóteses ou até remotas, que também joga no seu recinto com a lanterna vermelha, Vila Franca, que talvez venha a confirmar, matematicamente, a despromoção.
D quarteto do Vale, resta-nos referir o Campos, em viagem até ao 15 de Agosto, num jogo de importância vital para os locais que, integrando o trio dos condenáveis, não poderão desperdiçar esta oportunidade para ganhar algum alento e conforto, tarefa que os forasteiros não irão, certamente, tolerar.
Os dois encontros restantes assumem contornos distintos, lutando-se em Piães por posições opostas: pela tranquilidade absoluta, os locais e pela fuga à despromoção, o visitante Távora, finalista da Taça, mas “embrulhado” numa luta titânica pela manutenção; finalmente, um jogo entre mais tranquilos Castelense/Moreira de Lima, embora os locais ainda se não sintam completamente livres de percalços, pelo que o empenho na partida deverá ser grande. Nada conveniente é mesmo a folga do Paçô que, além de impossibilitado de pontuar, corre risco grave, em caso de pontuação de algum ou alguns do trio de condenáveis. Mas é sempre assim, quando tudo se aproxima do fim.

Na I Divisão, a dupla da frente não deverá correr riscos na jornada e conservará os lugares, embora o Darquense meça forças com o Vitorino das Donas, conjunto bem melhor posicionado que a lanterna vermelha, Gandra, que tem deslocação a Arcos de Valdevez. Mesmo que algum contratempo ocorresse ao líder, contaria com a folga seguinte da equipa arcuense, pelo que a tranquilidade em Darque é praticamente absoluta.
A luta pela terceiro lugar, eventualmente em espera posterior de alguma desistência ou alargamento, joga-se no Vale do Minho, com o Lanhelas em Messegães, frente à turma do Raianos, e o Perre, em Moreira, frente ao conjunto local. Diremos que a tranquilidade, pelo menos em termos de objectivos, jogará pelos anfitriões e isso poderá ser motivador perante maiores expectativas forasteiras.
Depois, mencionamos dois encontros que se pautarão pelo equilíbrio do meio da tabela, podendo o facto de jogar em casa trazer alguma ligeira vantagem para os locais, como são os casos de Fachense/Caminha e Ancorense/Arcozelo, quatro equipas que não deverão oscilar muito os seus lugares. Finalmente, o Chafé espreita a hipótese de subir um degrau, na deslocação às Águias do Souto, que ultrapassaria o Moreira em vésperas do jogo entre ambos e afastando-se do Castanheira, impedido de pontuar neste fim-de-semana.

Pelo nacional da III divisão, que vai chegar ao equador desta fase, importância e interesse acrescidos no Vianense/Santa Maria, com duplo teste: a liderança dos forasteiros e a manutenção dos locais em posição de permanência, não deixando de a equipa da capital do distrito ter em atenção que este será já o terceiro encontro em sua casa, ficando com apenas dois para a segunda metade. O co-líder Bragança e o Ronfe assumem favoritismo, à partida, não só porque jogarão em seus ambientes, como defrontarão os dois adversários, teoricamente, mais acessíveis, como sejam Marinhas e Taipas, respectivamente, equipas cientes que em caso de derrota traçarão os destinos com reserva dos bilhetes para a viagem da despromoção.
Na série dos despromovidos, deslocação complicada do Desportivo de Monção a terras de Merelim, passando por este encontro a decisão última da esperança monçanense na entrada na Taça de Portugal, objectivo que parece também pretendido pelos locais, em lugar de, mais facilmente, o atingirem. O Melgacense, melhor os jovens melgacenses, após dois jogos nas 48 horas anteriores, vão até terras da Nóbrega, onde contarão apenas com o brio e honra, talvez insuficientes para contrapor ao desgaste físico, esperando-se, com naturalidade, vitória da equipa de Ponte da Barca. No terceiro encontro, a Maria da Fonte, a jogar em sua casa, pretenderá manter a liderança e afastar, definitivamente, a turma de Esposende dos primeiros postos.

Há muito mais neste fim-de-semana rico e fértil em matéria de decisões e de expectativas. A grande decisão da II divisão com um escaldante Chaves/Ribeirão, empatados em pontos, em resultados e mesmo em diferença de golos! Um jogo que vale uma subida ao profissional, que os flavienses já conhecem mas que os famalicenses bem desejam, um jogo que traduzirá a glória para um e a frustração ao outro.
Há ainda, pelo Inatel, um Longos Vales que tenta salvar a época com a conquista da Taça, após o “bronze” no campeonato. O Parque das Caldas recebe este encontro e a equipa sanjoanina jogará, por assim dizer, em casa, reconhecendo-se-lhe ainda valor para levar de vencida a turma de Calheiros. No entanto, Taça é sempre taça…e só se poderá cantar vitória no final dos oitenta minutos… no mínimo. Ânimo, monçanenses, para aquela que ansiámos seja a terceira conquista do Vale nestes últimos dias!
Já imaginei a pergunta: terceira? Só houve até agora a do Cerveira na Taça de Honra?! Mas todos esperam mais uma este Sábado pela manhã: a dos Benjamins do Moreira, para quem um empate frente ao Vianense bastará para que a UD Moreira alcance o primeiro título de campeão na sua história. Haverá ansiedade nos mais novos de Moreira, mas o Frederico, seus assistentes e os miúdos bem merecem este título e alcançá-lo já amanhã, em pela Tomada, constituiria o corolário do excelente trabalho que vêm desenvolvendo.

E haverá, todos o saberão, aquela que poderá ser a última expectativa pela decisão do campeonato principal. Só lá para a noite de Segunda-feira e pela Madeira dentro. A grande decisão da época passa pelos Barreiros, na noite de Segunda-feira, com as águias a poderem dar machadada fatal na esperança azul e começarem já a saborear a vitória interna, isto no início duma semana que poderá ser de glória total ou de decepção… caso voltem a novo banho turco em água fria… gelada, nesse caso.
Mas, internamente, a expectativa só será transferida para a Madeira, se o dragão não ficar azedo e indigesto com as laranjas de Setúbal, na noite sabatina. Além destes dois confrontos de emoção suprema, muita luta pela Europa e pelo fundo. Na primeira, contraste nas hostes bracarenses, a puxarem por si nesta noite na Amoreira e a torcerem pelo arqui inimigo Guimarães na tarde de Domingo, em confronto com o Paços, num jogo sui generis com o público e televisão ausentes, além do grande duelo em Alvalade entre leões e nacionalistas.
No fundo, duas grandes finais: em Coimbra, numa luta ímpar entre Doutores e Cónegos, traduzida no Académica/Moreirense; em Barcelos, entre cristas de galos e jubas, reportada a Gil Vicente/Olhanense; de dimensão oposta à realidade, salienta-se a dificuldade do Beira-Mar em tentar entrar pelo Rio (Ave) dentro.

Não valerá a pena dizer mais, senão “que grande fim-de-semana em matéria desportiva”!

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