Até meio da semana, quiçá motivados pelas competições europeias, que, globalmente, até correram de feição, parece ter havido alguma leve trégua relativamente a esse grande dérbi e clássico de Domingo – o Benfica/Sporting. No entanto, o frenesim e a guerra absurda de bastidores, sem precedentes e sem pudor algum, que há muito o tornou escaldante, ressurgiram e hão-de se prolongar sabe-se lá até quando.
Pois é, Domingo há um Benfica/Sporting! Para nós, basta esta citação para dizer tudo. Mas há também um Porto/Braga, imediatamente a seguir, e o par de encontros trará alterações na tabela, aconteça o que acontecer. E sendo vários os cenários, não colocamos enfoque em nenhum, faremos apenas as contas após eles.
Antecedendo essa febre dupla de Domingo à tarde, o Sábado traz-nos um trio de encontros de alto-relevo, com dois em modelo europeu, mormente um Estoril/Rio Ave, em importância, sem descurar ainda um Marítimo/Paços de Ferreira, e um jogo de alta voltagem pelos “toques” em fundo de tabela – Guimarães/Académica, com a obrigatoriedade vitoriana de evitar o descalabro total e os estudantes ensaiando mais uma tentativa de fuga à lanterna vermelha. Trata-se de bons “aperitivos” aos dois dérbis, a que poderemos adicionar mais dois, aliás com meia coincidência ao clássico, entre duas equipas que partilham zona de alguma tranquilidade, como são o Arouca, visitado, e Setúbal, forasteiro, diante de dois angustiados, respectivamente, Tondela e o Moreirense, que poderão provocar transtornos nos lugares de despromoção. Já agora para a ronda ser completa falta-nos mencionar a abertura na noite de Sexta entre Nacional e Boavista, em vizinhança na tabela, e o encerramento na Segunda, igualmente entre os próximos Belenenses e União da Madeira.
Mantendo-nos no futebol profissional, a II Liga cumpriu a meio da semana uma ronda da maratona, muito preguiçosa, rendendo apenas dezasseis golos em doze encontros, e em face dos resultados alcançados, perspectivamos maior entusiamo em meia dúzia de encontros no fim-de-semana. O líder Porto, além de não deixar esse lugar pela diferença pontual, reúne argumentos para a manter já que recepciona a lanterna vermelha.
Em posição de promoção, o Portimonense tem deslocação a Marvila, diante do Oriental, em lugar perigoso de despromoção, espreitando o Atlético que “hospedará o Desportivo das Aves, bem como o Chaves que tem deslocação difícil à Póvoa de Varzim, saída de mais uma chicotada (quase já não têm conta) onde se obriga a vencer para aspirar entrada em posto promocional ou, minimamente, não ser ultrapassado pelo Ac. Viseu que se desloca ao Algarve para defrontar o Olhanense, prazendo-nos ainda referir um dérbi minhoto, sempre emotivo, como é um Guimarães/Gil Vicente, mesmo entre escalões secundários.
Cá entre nós também teremos muitos motivos de interesse para seguirmos com atenção a ronda sétima dos nossos “campeões”. Desportivo de Monção e Valenciano partem na liderança e reúnem bons argumentos e motivos para não saírem dessa carruagem, não obstante a diferente condição em que actuam. Os extremos “tocam-se” para os monçanenses que se deslocam ao terreno da lanterna vermelha, Moreira do Lima, requerendo-se, todavia, cautelas pelo piso e parcas dimensões do terreno, com os valencianos, em seu ambiente, diante do Castelense, também potenciais candidatos à obtenção dos pontos em disputa. Não menos digno de importância, o Chafé/Correlhã pela sequência e espreita na tabela, com ambos muito “ligados”, destacando-se ainda os encontros Courense/Vitorino de Piães, com os forasteiros melhor posicionados, mas fora do seu “habitat” natural, bem como um importantíssimo Atlético dos Arcos/Cerveira, dado que ambos necessitam, com urgência, de encetar recuperação para os lugares mais condizentes com seu estatuto e ambição.
Do trio restante, o Ponte da Barca, que parece ter “ressuscitado” para as alturas, terá tarefa complicada em Vila Fria, pois os locais, por norma, dificultam a tarefa dos adversários, prevendo-se emotivo o Campos/Vila Franca, pelas boas prestações com que ambos nos vêm presenteando, concluindo-se com um Lanheses/Paçô, de prognóstico duro de vaticinar, pela aflição de ambos e consequente ânsia de fuga da cauda ou proximidade.
Também o líder da divisão secundária, ao jogar em sua casa diante duma das lanternas, concretamente o Moreira, parece estar dotado das melhores condições para assegurar a manutenção do posto cimeiro, sem que omitamos que as surpresas aparecem precisamente neste tipo de jogos. Que belo seria para a equipa “canarinha”, mas, realisticamente, o adversário não será o mais adequado, como o não será o do parceiro de lanterna, Longos Vales, neste regresso ao seu “lar”, em Santo António, para defrontar o outro conjunto da Praia de Âncora, altamente potenciado para outros “mergulhos”, como difícil será ainda a do Raianos pois terá que se bater, no Areal, é certo, com o Arcozelo que apresentou também “credenciais”. Em suma, são tarefas complicadas para o trio monçanense diante do trio da dianteira, espaço onde surgem também o Melgacense, que ao que tudo indica regressará aos triunfos diante do Castanheira, no seu Centro de Estágios, também o Perre, igualmente em ronda caseira diante do Bertiandos e bem assim Távora e Vianense B, que, caprichosamente, se defrontam no Monte Aval, resultado daí a separação de um deles ou de ambos.
Ora aí estão seis partidas englobando os sete primeiros, que distam unicamente dois pontos, redundando que nem todos permanecerão no mesmo lote, mas a “confusão” continuará a ser grande. Fora deste caos, apenas o Darquense/Anais, entre dois conjuntos emparceirados e com boas contas e ainda um Fachense/Cardielense em que os anfitriões jogarão a subida dum ou outro lugar, de modo a evitar os fundos, já que, segundo se consta, o Lanhelas/Gandra, inicialmente apontado ao Sábado, passará para Terça-feira, 8 de Dezembro, claro.
O regresso do Campeonato Nacional de Seniores, para início do segundo terço, não poderia surgir de melhor forma, com esse duelo dos lugares dourados entre Bragança e Vilaverdense, na capital do nordeste, ainda com um dérbi das nossas bandas, entre Limianos e Neves, cada qual em busca de amealhar o máximo possível, e propício ao Vianense, embalado pela soberba exibição na Taça diante do Benfica, para deixar para trás o Camacha e começar a respirar outros ares, mais tranquilos, esperando, para tal, contar com a ajuda dos transmontanos, de Mirandela para “afogar” o Marítimo, nas águas do Tâmega, e de Pedras Salgadas para colocar ainda mais amargos os de Argozelo, encurralando-os na sua própria “mina”.
Nas habituais pinceladas finais, iniciemos pelo Hóquei em Patins, apenas com a II divisão em prova, numa deslocação terrível do Valença HC ao rinque do líder Riba D’Ave, no verdadeiro teste à capacidade dos valencianos, merecendo-nos destaque a recepção do outro líder, Espinho, à Escola Livre e bem assim o confronto Carvalhos/Póvoa, entre quatro emblemas muito próximos entre si, dando azo a jornada empolgante, na qual incluímos ainda o grande dérbi Famalicense/O Barcelos.
O Basquetebol e o Futsal terão nova ronda em quase todos os escalões, com muitos e variados jogos, mas não colocamos qualquer deles em destaque já que não vislumbramos dérbis de envergadura nem partidas de risco considerado eminente, embora todas mereçam seguimento atento.
O Futebol de formação cumprirá mais uma etapa, quer localmente, quer a nível nacional, com estes últimos campeonatos já em fase mais adiantada, a ponto dos Juniores A da I Divisão bem como os Juniores C, vulgo Iniciados, completarem a primeira metade desta fase inicial.
Pronto. Ah, já me esquecia, o Futebol de Sete já deu sinais, ou melhor, alguém por ele e lá para Segunda-feira haverá definição de calendários nos Infantis e Benjamins, sinal que, brevemente, lá teremos o habitual entretinimento para as manhãs de Sábado. Antes que venha por aí o rigor do Inverno. O rigor, porque a hora é já no Domingo.
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