Antevisão à jornada de 24/25 de Maio

Eis que finalmente se atingirá o culminar duma época desportiva repleta de grandes emoções, como tantas outras, mas longe dos frenesins de outras, desde logo a anterior onde as grandes decisões só aconteceram nos desafios derradeiros. Nessa perspectiva, a que ora se despede foi arrumando as grandes questões desde bem cedo.
Mas termina em apoteose com a disputa da Final da Champions entre nós. Esse será o grande enfoque do fim-de-semana com milhões de olhos voltados para a Luz, que ainda cheira a festa por todos os cantos. E será que o tom vermelho vai continuar a dominar na Catedral com vitória do Atlético? Ou será que o outro Madrid vai mesmo ser o Real? A única certeza é que o troféu viajará para Madrid e a nossa esperança é que o espectáculo nos deixe satisfeitos, já que talvez nos interesse bem mais que a reflexão para o voto no Domingo.
E a despedida entre nós far-se-á com a tradicional festa do futebol distrital, patenteada na disputa da Supertaça. O campeão Cerveira, que já o é há tanto tempo que até parece referir-nos à época transacta, vai defrontar o último adversário do campeonato e vencedor da Taça – a equipa de Correlhã que ambiciona terminar a época em beleza. É claro que o Cerveira fez um “passeio” pelo campeonato, mas os cornelianos demonstraram, na despedida, que ainda têm uma palavra a dizer nesta finalíssima. E como não há vencedores antecipados nem favoritos nas finais, eis a manutenção da incerteza no paradeiro do último troféu da temporada, a nível vianense, pois o Cerveira ainda tem outra possibilidade, no Domingo seguinte, com a Taça dos Campeões do Minho.
Antes da festa, a tarde de Sábado proporcionar-nos á a despedida do nacional de seniores, salvo as decisões posteriores, embora pelas nossas bandas sirva apenas para confirmar a despedida do Valenciano rumo ao distrital, restando a indecisão sobre a saída como lanterna vermelha ou cedendo esse lugar ao seu adversário Ninense, o que só acontecerá se conseguir uma vitória em terras famalicenses.
Vilaverdense e Fafe jogam pela consolação do primeiro lugar na série, só ao alcance dos forasteiros em caso de vitória, que, por sua vez, relegaria o Vianense para o terceiro posto, pois já realizou o seu trabalho com empate antecipado na partida com Santa Maria. Seja como for, será irrelevante qualquer lugar, como indiferente será o desfecho do dérbi transmontando entre Pedras Salgadas e Mirandela, a não ser como trino aos anfitriões para o confronto que terá com na tentativa derradeira de permanecer no nacional.
E na série de subidas, com o Freamunde já promovido e em mero cumprimento de calendário na recepção ao S. João de Ver, restam os embates de Vizela e Guimarães B, já que um deles ainda disporá de mais uma tentativa para ascender à II Liga. A vantagem é dos vizelenses, embora por um só ponto, e viajam até ao nordeste transmontano para defrontar o Bragança, ao passo que o Vitória B receberá a lanterna vermelha, Limianos, com este lugar garantido, enquanto Boavista e Cesarense tentarão não se enfadar em demasia por falta de motivação.
Prosseguindo agora pela formação, eis mais um clássico entre Benfica e Sporting, no regresso da prova para encontrar o campeão de Juvenis, único escalão onde tudo está por decidir, a par do confronto nortenho entre Porto e Guimarães, tanto que temos apenas uma partida disputada.
Já no que se refere a manutenção, a penúltima jornada tem de relevante um Limianos/Chaves e bem assim um Sandinenses/Barroselas, com os dois conjuntos vianenses ainda em luta por evitar o quinto lugar já que pode acarretar descida, podendo mesmo vir a ser decidido na ronda derradeira num embate, que seria explosivo, entre ambos. Momentaneamente, a vantagem do Barroselas, em dois pontos, poderá ser preciosa e até suficiente se obtiver um triunfo em Sande, já despromovido, antevendo-se mais difícil a vida dos Limianos em terras flavienses.
Voltando à festa do futebol distrital, a mesma não faria qualquer sentido sem que as competições estivessem todas arrumadinhas e, de facto, embora in extremis, todas ficarão fechadas na manhã de Domingo com a despedida dos campeonatos de Iniciados, numa jornada exclusiva de fecho do calendário. Promovidos e despromovidos, campeões ou meros participantes, já todos têm o seu lugar decidido e terminarão a missão a que se propuseram.
Idem, idem diremos na tarde de Sábado ao escalão de Juvenis, pelo que a todos nos resta o nosso aceno de simpatia e os parabéns por mais uma época de participação, esperando agora os sucessos académicos, mormente pelos exames que por aí chegarão a todo o instante.
Já agora a despedida pela manhã de Sábado ao futebol de sete, aliás, a parte dos conjuntos de Benjamins e Infantis, aos que não tiveram oportunidade de o fazer na semana passada, ainda com várias incógnitas em aberto, mas em decisão de acordo com as horas díspares do seu início, numa salvaguarda de “verdade desportiva” helénica, em que a comunicação entre o jogo das dez e das onze só será possível através do maratonista. Ou talvez não valha a pena tamanhos sacrifícios já que a honra e dignidade dos miúdos tudo ultrapassa.
E como sobejam ainda duas linhas, uma referência ao futsal e ao hóquei a entrarem no auge das decisões. Na primeira modalidade, as meias-finais vão arrancar com confrontos que deverão conduzir ao duelo final, que se antevê empolgante, entre Benfica e Sporting, já que ambos são favoritos perante Fundão e Braga, respectivamente, a não ser que… a surpresa surja à esquina.
Já no hóquei, a penúltima ronda dá-nos apenas a certeza que não vai decidir o título entre o trio candidato: Porto, Valongo e Benfica. Mas também só poderá afastar um deles: precisamente o Benfica, na sua qualidade de anfitrião do Valongo. Ao rubro é o que se pode mencionar desta dupla ronda final, com os nortenhos empatados pontualmente e a Águia a três pontos de atraso. Ora, só a vitória manterá os encarnados de Lisboa na rota do título, que mesmo assim ficaria dependente do desfecho do Candelária/Porto e posteriormente do Valongo/Porto, na jornada derradeira, onde o Benfica viaja até Braga, esfomeado de pontos para evitar a liguilha.
Por hoje, um término à moda do piroso slogan jornalístico: “o que interessa é que falem de nós, nem que seja para dizer bem”. Vamos a isso, dizendo bem duma classe onde quase sempre são mais “elogiadas” as mães que os próprios intervenientes, como é o caso da arbitragem e similar. Olhando cá pelo Vale do Minho, um aplauso ao Euclides Cerqueira, o melhor classificado na primeira categoria de Observador distrital, ao Fábio Nunes e ao Rémi Leite, respectivamente, primeiro e segundo classificados na Categoria 3Cb de árbitros distritais, com a particular evidência de se tratar dum trio de monçanenses. Óptimo. Um aceno ainda ao Nelson Cunha, pelo honroso quarto posto, bem como a sua irmã Filipa que tentará, tal como o Euclides, integrar os quadros nacionais na próxima época. Parabéns a todos e boa sorte a este par que ainda tem uns dias duros pela frente antes das merecidas férias.
E como nem só de futebol vive o desporto, aí está um fim-de-semana ainda recheado de emoções que pretendemos partilhar consigo, em ritmo quase de despedida e num gesto de gratidão por nos ter sido fiel ao longo da época.