PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Desporto

Antevisão à jornada de 23/24 de Maio

22 Maio, 2015 - 11:59

157

0

Acompanhe o fim-de-semana desportivo na sua rádio de todos os dias.

Embora se trate de antevisão e não propriamente rescaldo, não se importarão, certamente, que se inicie uma das últimas “peças” com uma ponta de vaidade e orgulho monçanense num abraço de enorme consideração (a amizade, essa não é mensurável) ao nosso “Chichio”, ao Ernesto, ao ternurento filho que a “Dorita”, na sua humildade, trouxe a esta terra, ao disciplinado ex-praticante de futebol, ao jovem promissor que conheci pelos bancos da escola, ao polícia que sabe e soube honrar, dignificar e engrandecer a farda, distinguindo a forma de actuação em função das circunstâncias. E trouxe o assunto até pela similitude com a actuação arbitral no desporto.
Explico-me. Naturalmente, os bons árbitros interrompem os jogos de futebol de sete sempre que um miúdo se encontra no chão ou magoado – a protecção à criança na vanguarda de qualquer jogada. Nem sempre o fazem com adultos, nomeadamente quando se percebem das “fitas”. Ora, o Ernesto, perante o “cenário” do miúdo aterrorizado, não hesitou em dar-lhe aquele abraço paternal – afinal, estava ali o seu filho já mais crescido, que há-de, futuramente, sentir dentro si a honra e o orgulho de tal pai. E essa será, indiscutivelmente, a melhor recompensa por este acto de heroicidade com amor. Além da nossa inestimável consideração. Bravo, Ernesto.
O parágrafo anterior tem também a finalidade de salientar o positivo da explosão na alegria benfiquista, embora sem que se possam ignorar os actos condenáveis, e formular desejos que voltem mais festas pelos triunfos, na derradeira ronda dos campeonatos principais. Poderá nem ser o caso do nosso principal campeonato vianense, já que as probabilidades de finalíssima são em larga escala, tanto que o próprio órgão dirigente, para não ser apanhado desprevenido, já a agendou. E ela terá lugar se Arcos e Neves obtiverem o mesmo resultado, pesem as condições diferentes em que actuarão, O Neves jogará em casa perante um Melgacense, lanterna vermelha, em enormíssimas dificuldades para se manter no escalão, porquanto depende de três adversários: do Neves, obviamente, e ainda das prestações de Perre e/ou Campos. Já o Atl. Arcos viaja até Moreira de Lima, equipa descomplexada, mas com uma segunda volta de alto gabarito. Não será de estranhar um desfecho similar em ambos os jogos, e mais potencialmente, o de vitória; porém, se divergências houver, o que conseguir mais um ponto receberá a coroa dos louros. A ver vamos.
Ora, perante o alvor do título, resta um cenário bem atroz para os da terra de Inês Negra, aliás da mesma tonalidade da nomenclatura da heroína. E não sendo melhor, o do par concorrente sempre terá em seu favor a Matemática de mais um ponto e o facto dos adversários não se obrigarem ao mesmo afinco do Neves. O Campos é, desde logo, o único a depender, exclusivamente, de si próprio, além de possuir vantagem no confronto directo com os outros dois emblemas, tem deslocação ao Valenciano, já com rumo final traçado; o Perre vija também a curta distância até Vila Fria de quem recebeu importante impulso na jornada anterior. Só há uma evidência: apenas um poderá permanecer (seria catastrófico ser despromovido o trio).
E para que a ronda – e a prova, salvo excepção da finalíssima – fique completa, resta o quarteto dos confrontos sem a dita “carga” emotiva: Paçô/Ponte da Barca, com o Lima (não o Presidente, mas o rio) a servir de “árbitro”; Vitorino de Piães/Castelense, aliado ao Lanheses/Courense, com possibilidades de pequenos acertos de posições em pares e ainda um Correlhã/Desportivo de Monção, entre dois contendores com lugares finais já posicionados, sendo bem melhor o dos limianos.
Passemos à divisão secundária que, repetimos uma vez mais, não sabemos se vai findar se terá “prolongamento” administrativo ou também desportivo. Curioso que poderá haver mais uma finalíssima! Ou então – maravilha das maravilhas – Arcozelo e Vila Franca poderem ser ambos promovidos! Na normalidade e em decisão imediata, sem intromissão doutros desfechos, apenas um terá acesso ao bilhete da promoção. O Arcozelo vai na frente e a deslocação é curta até à Arcela, mas não deixa de se tratar dum dérbi com contornos sempre adicionais, como o Fachense não deixa de ser complicado, em casa; provavelmente, mais facilitada poderá ser a tarefa do Vila Franca, anfitrião do vizinho Darquense. Mas como em futebol não há resultados antes dos jogos (nem sequer os combinados), não é impossível que Arcozelo perca e Vila Franca empate! Se tal vier a suceder… ah!ah!ah! mais uma finalíssima!
Fora os dois confrontos mencionados, assistiremos à despedida que começará bem mais cedo para Vianense B e Moreira, pois já terão terminado a faina quando os restantes principiarem, registando como mais equilibrados e de suficiente interesse pelos lugares da primeira metade o Raianos/ Ancorense e o Távora/ Caminha. O campeão Chafé tem um jogo adequado ao “mergulho” do título já que se desloca às Lagoas, de Bertiandos, e os últimos, que neste caso não chegarão a primeiros, saudar-se-ão quase entre eles em dois pares: Águias do Souto/Gandra e Castanheira/Lanhelas, com o único alibi em saber se teremos eventual mudança de lanterna vermelha.
E agora a dolorosa saída do CNS. Para já, exige-se solidariedade, no empenho, ao Vianense para bater Santa Maria. Um triunfo local garante, imediatamente, a permanência de Cerveira ou Limianos. É evidente que um deles terá que fazer trabalhos extras, mas será mal menor comparativamente à descida directa de algum, o que, adicionalmente, até poderia acarretar a de ambos. Por isso, alternativa não restará ao Vianense que defender também os interesses associativos e garantir a permanência dum conjunto distrital. Depois disso, Cerveira e Limianos, cada qual terá que puxar pelos galões e procurar o melhor. Ao Limianos qualquer triunfo sobre o Bragança lhe garante manutenção; outro resultado fica dependente dos “parceiros”. Ao Cerveira, em Vila Verde, o triunfo só lhe assegura a disputa da eliminatória; outro resultado também fica na dependência. Pilhas nas máquinas calculadoras e … golos! A lanterna vermelha, Vieira, e Pedras Salgadas cumprem calendário: de despedida para os anfitriões, que voltam ao Pró-Nacional bracarense; dum até logo, para os transmontanos, que continuaremos a encontrar por estas andanças.
Na série de subidas, Varzim/Fafe centra as atenções para atribuição da vaga em aberto para discutir para com o parceiro do Sul um lugar na II Liga. O acesso está mais acessível aos poveiros não só porque em seu ambiente, mas ainda pelo facto de lhe servirem dois resultados, contrariamente ao Fafe a quem só a vitória – por qualquer expressão – lhe garante o objectivo. O Salgueiros abrirá alas de honra para a festa rija no estádio famalicense, despedindo-se a lanterna vermelha já confirmada, Vildemoinhos, em casa, diante do Cesarense e os transmontanos de Mirandela, igualmente em domicílio, perante os da foz do Sousa.
A tarde de Domingo marcará ainda as festas na II Liga, confirmadas que estão já as tristezas de Atlético, Marítimo B e Trofense. Quatro (ou cinco) galos para dois poleiros proporcionarão, certamente, uma luta interessante de “cristas” levantadas. Nenhum garantiu ainda nada, mas o melhor posicionado é o Tondela, a quem qualquer ponto basta, não obstante deslocação a Freamunde, onde há “capões”, cuja “crista” já teve outros voos; depois, quiçá o Chaves por ser anfitrião da Oliveirense, não obstante perder no confronto directo com U. Madeira, que, em potencial triunfo em Marvila, bateria os flavienses pelo “foto finish”; haverá que ter em atenção ainda a Covilhã que não pretenderá ir a Ponta Delgada em turismo; e enfim, não terá definhado totalmente a esperança do Feirense que na capital do Algarve pedirá toda a pontaria para si e identicamente para Oliveirense, Santa Clara e Oriental, ou seja, o Feirense teria que vencer em Faro e simultaneamente perderem Chaves, U. Madeira e Covilhã.
Tarefa quase indefensável, convenhamos. Mas ficando o quarteto como desfecho mais previsível, vários são os cenários possíveis, neles se incluindo empate a quatro a oitenta pontos, o que nem desagradaria a Tondela e Chaves, pois os flavienses preferiam este ao empate em três da partida, situação favorável aos madeirenses. Enfim, as contas são tão díspares, que o melhor é efectuar as operações finais, concluídos os dados.
A liga NOS tem, na derradeira ronda, o objectivo principal centrado nos dois jogos de encerramento: o quarto posto minhoto, em decisão sobre o império na monarquia, no “trono” do Rei Afonso ou reconquista pelo Clero, pelos “Arcebispos”, em Braga. Académica/Guimarães e Braga/Setúbal encerrarão a prova, com os arsenalistas, embora mais preocupados com a Taça, na busca dum ponto que seja para garantir o quarto posto.
Depois, a luta pelo sexto, na tarde sabatina, que arrastará consigo a consagração benfiquista, não tanto em função das hipóteses do Marítimo por esse lugar, mas pelos sequentes, pois jogando na “Catedral”, em festa solene, e não tendo perspectivas de atingir a Europa, tanto que dependeria ainda de Paços de Ferreira e Belenenses, conquanto são os “castores” os melhor posicionados, apesar de deslocação ao Nacional que também entra nas contas, o que confere ao encontro a primazia do quarteto, cujo objectivo obriga ao simultâneo do Gil Vicente/Belenenses, sendo que talvez o Gil não pudesse ter melhor “amigo” na despedida da divisão principal.
Ironias que o calendário tece! Só faltará o “Mateus” como convidado especial, em presença física, já que mentalmente não faltará, de certeza.

Últimas