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Desporto

Antevisão à jornada de 14/15 de Dezembro

13 Dezembro, 2013 - 08:22

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Embora rudimentar, já paira por aí um cheirinho a Natal, que o mesmo é dizer “chegou a hora das prendas” e este fim-de-semana é dos mais propícios à distribuição de prendas, já que o seguinte, embora mais próximo do grande dia, terá bem menos acontecimentos desportivos.

Embora rudimentar, já paira por aí um cheirinho a Natal, que o mesmo é dizer “chegou a hora das prendas” e este fim-de-semana é dos mais propícios à distribuição de prendas, já que o seguinte, embora mais próximo do grande dia, terá bem menos acontecimentos desportivos.
Quando falamos, desportivamente, em “prendas”, pensamos, sobremaneira, em dois tipos: as amargas e as mais saborosas, traduzindo-se em “roubar” pontos ou conquistá-los. É de um e outro tipo que vive o futebol e das incertezas a quem calharão em sorte que as emoções são maiores e a ansiedade por saber onde elas cairão traduz expectativas crescentes.

Vejamos, prova a prova, onde poderão cair as surpresas doces ou os amargos de boca. Dentro do nosso campeonato mais alargado (uso o termo para considerar aquele em que há maior número de equipas na área de abrangência), a primeira menção vai para o líder Cerveira com teste na terra de Inês Negra, perante um Melgacense muito aquém do esperado e em quebra desportiva e talvez anímica, em necessidade de se afirmar. Nenhum adversário será certamente ideal, mas talvez este encontro não venha em boa altura para um ou ambos os conjuntos, com os da vila das artes a defender a liderança ainda fresquinha e os melgacenses a precisarem de pontos para evitarem cair em zona tenebrosa.
E à espreita estará o Castelense que ainda sonha a continuidade lá pelas alturas, mas a deparar-se pela frente duma Barca muito atribulada, em termos de objectivos, pelo que mais desperdícios equivalerão a despedida do ceptro, não sendo de descurar este como um dos encontros mais propensos a empates.
Do resto do Vale e extraindo o dérbi já focado, apenas o Campos terá honras caseiras e terá certamente argumentos para continuar a boa performance frente ao Lanheses, equipa que ostenta os mesmos desejos, mas em sua casa os do 1º de Janeiro não deixarão de presentear o adversário com uma prenda amarga. Apenas Desportivo e Courense viajam nesta jornada, a derradeira antes das festas natalícias, mas convenhamos que um e outro têm obrigatoriedade de saborear triunfos ou não se deslocassem aos dois últimos classificados, respectivamente Bertiandos e Darquense, convictos que teríamos um verdadeiro naufrágio se os monçanense se afogassem nas Lagoas e uma surpresa atrevida se o Darquense conquistasse a primeira vitória. No entanto…
Mais três jogos de relevante interesse ainda que por motivos diferentes. Desde logo pela junção da proximidade geográfica e – quem diria – também pontual, o Neves/Vila Fria, sempre de resultado imprevisível e acicatado pela derradeira expectativa do Neves se manter em carruagem que lhe permita chegar na frente; não tanto pela primeira – vizinhança – mas essencialmente pelo duelo nas alturas, um Correlhã/Atl. Arcos assume contornos de interesse acrescido e não menor expectativa; finalmente, ainda que pela proximidade urbana, mas em distância significativa pontual, o Vitorino de Piães/Moreira de Lima mantém interesse em saber, sobremaneira, até onde dura a euforia dos moreirenses após o triunfo sobre os melgacenses.

Passando para a divisão secundária, o clima tem sido bonançoso para o Raianos, pois não só colhe os frutos da sua colheita como tem recebido méritos doutros campos. Não se perspectiva complicada a tarefa dos monçanenses já que no Areal lhes cabe receber as Águias do Souto, quase no outro extremo da tabela, mas nem pensar em facilitismos senão encarar o encontro com a habitual seriedade. E será que em mais uma jornada contarão com “prendas” doutros campos? Algumas, certamente, e quem sabe as que mais interessarão no objectivo subida, considerando então mais importantes os lugares para além do segundo. Neste caso, a atenção vai estar redobrada nos jogos Ancorense/Caminha e Chafé/Paçô, já que alguns ou todos perderão pontos. O primeiro, já anteviram, será o derby da ronda, até porque além da vizinhança geográfica há que ter em conta a pontual, já que um ponto permite mudanças; o segundo, terá também um peso considerável pelo interesse de ambos os conjuntos na ascensão a lugares de topo. O mais directo adversário, porém, nesta altura, é ainda a equipa da terras das rosas que vai de abalada até Lanhelas, onde mora um conjunto em ascensão e em catadupa para sendas vitoriosas, antevendo-se uma partida entusiasmante e animada no Ilídio Couto.
Os outros dois conjuntos do Vale, com objectivos distintos do Raianos, têm também jogos de grau elevado, com a deslocação do Moreira ao Monte Aval, onde o Távora quer ganhar não só administrativa mas também desportivamente, para o que der e vier, ao passo que o Castanheira, com menção de deixar a lanterna vermelha, recebe o Perre que mantém ganas de se manter na luta pelos lugares de subida.
Restam o Fachense/Arcozelo, sempre interessante pela rivalidade acrescida pelo facto dos forasteiros terem ainda aspirações a voos alto, e o Gandra/Darquense B, pautado por objectivos comuns em que apenas o factor casa poderá ditar diferença. Ou talvez não!

Voltemo-nos para o nacional de seniores, onde a “troika” da dianteira viaja para trajectos distintos: mais curta, a distância do Limianos, mas nem por isso mais acessível, já que em direcção a Galegos, onde Santa Maria se sente necessitado de pontos para não entrar em zonas perigosas; meia distância para o Fafe em direcção à estação de Nine, onde mora o último passageiro em busca, já desesperada, de conseguir o primeiro “bilhete” especial, pois começa a sentir o comboio perdido, em definitivo; mais longínqua e, quiçá, também mais perigosa, a do Vianense até Mirandela, pois é um adversário que pretende e pode intrometer-se no meio deste trio e complicar ainda mais as tarefas e os objectivos. Como se vê, nenhum tem tarefas facilitadas, mormente agora que começa a definição do tudo ou nada. E atenção a esta luta onde tem interesses ainda o Bragança que vem até ao Lourenço Raimundo onde mora agora um Valenciano em maré grande, com moral elevada e sapiente que uma vitória será a prenda mais saborosa que lhe e se podem oferecer.
O único encontro que nada terá a ver com a luta da dianteira é o Pedras Salgadas/Vilaverdense, mas não deixa de ser o menos importante dos encontros senão o mais frenético já que acarretará nervos em duplicado numa luta terrível pela fuga aos lugares de despromoção que ambos partilham.

O Inatel comporta três jogos de equilíbrio, como equivalentes estão os seis conjuntos, com hipóteses de se baralharem, confundirem e alternarem, completamente, na classificação, pelo que a importância será idêntica quer em Longos Vales, onde os sanjoaninos recebem o Anais, quer em terras de Cardielos onde a equipa local será anfitriã do Cepões, quer em terras limianas (impensável não haver um encontro em Ponte de Lima) com a visita do Adecas, campeão em título, à Cumeeira, em terra de Cabaços.
Entre as “prendas” maiores e custosas, o rei leão, que assentará “corte” no seu palácio para receber a Cruz de Cristo, espera e deseja que essa Cruz não seja de sofrimento, antes de alegria natalícia com a manutenção no topo, ao contrário do que fez na Luz, enquanto os seguidores – dragões e águias – viajam para rotas diferentes, após também diferentes prestações europeias embora com o mesmo destino previamente traçado. Aos Algarves, ruma a águia até Olhão, não para férias, certamente, mas para de olhos bem abertos espevitar do trauma arouquense e continuar a voar bem alto; em sentido contrário, rumo a Norte, vai o Dragão, com sentido de orientação traçado e tentar purificar-se nas águas do Rio Ave, após as “chamuscadelas” de que tem sido alvo.
E já agora vamos durante o dia de hoje estar atentos para sabermos quem quererão os sócios do Braga como sua “prenda” principal. Estamos em crer que, numa terra de Arcebispos, com muitas mais igrejas que “mesquitas”, o espírito cristão e católico da celebração do Natal imporá a sua crença e o “Salvador” será o preferido. Mas às vezes o “diabo” dá as suas voltas e … não será que surgirá uma boa acha de “Carvalho” para atiçar a fogueira?
Apesar de ainda nos voltarmos a encontrar, já não é cedo para lhe transmitirmos a nossa “prenda” de Natal. Marque golos de paz e conquiste pontos de amizade. Bom Natal!

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