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Desporto

Antevisão à jornada de 12/13 de Abril

11 Abril, 2014 - 06:39

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Acompanhe todo o fim-de-semana desportivo na sua rádio de sempre.

Sem pretender imiscuir religião e futebol, eis aí o fim-de-semana de Ramos, liturgicamente um dia com duas vivências de sentidos opostos e até contraditórios. Começamos por viver a alegria e o triunfo (entrada solene em Jerusalém), para logo de seguida dar lugar a sofrimento e dor (Missa da Paixão).
É claro que já perceberam que se aproximam (ou até se poderão já viver) momentos de alegria, triunfo e festa, para uns, em contraste com decepção, lamento e mágoa, para outros.
Começando pelas contas do campeonato principal, os mais fanáticos acreditam na festa grande do Benfica, em pleno Estádio de Aveiro, palco que servirá de casa ao Arouca. Mas para isso acontecer seria necessário uma “bicada” do Galo, nem que fosse para conquistar um ponto em Alvalade. Se tal não acontecer, a festa será transferida, certamente, para o canto de “Aleluia”, em ambiente pascal. Diríamos que os mais sensatos e incautos acreditam nesta hipótese e mais facilmente na festa do Leão, consolidando, matematicamente, o direito à Champions, que só poderá ter lugar, em sofá, lá para a noite de Domingo, se para tanto contar com a ajuda da filial de Braga, anfitriã do Porto, sendo que os arsenalistas necessitam mais dos pontos para conseguir o último bilhete para o comboio europeu que praticamente os portistas que, na melhor das hipóteses, terão que contentar-se, com o “bronze”, apesar de a isso não estarem habituados.
Seja como for, com ou sem festa desde já, alegria e motivos de festa não faltarão aos rivais lisboetas, em contraste com um par do fundo da tabela que tentará evitar o ranger de dentes. Realce, neste passo, para o Rio Ave/Olhanense, com derradeira chance dos algarvios, bem como o Belenenses/Guimarães, indispensável para os da Cruz de Cristo pensarem na sua redenção ou minimamente na terceira via da salvação. Tudo numa ronda de outros interesses, mormente um dérbi insular, desta vez na Choupana.
Continuando o périplo ainda pelos nacionais, em seniores, o Valenciano terá a primeira ou a derradeira final, ou seja, o jogo, no seu estádio, frente ao Mirandela representa o tudo ou nada para o clube da raia minhota, que, primeiro terá que fazer o seu trabalho, ou seja, ganhar, e depois esperar auxílio do conterrâneo Vianense traduzido numa vitória em Pedras Salgadas, importante para ambos, já que praticamente significaria a salvação ao clube da capital do distrito e abriria os horizontes à permanência do Valenciano. Outrossim, será desejo expresso desde Valença do Minho que o Vilaverdense não faça honras hospitaleiras a Santa Maria, antes trave frontalmente o conjunto de Galegos, já que nele reside a última réstia de esperança valenciano, bem como o líder Fafe consolide ainda mais a sua liderança, garantindo com a vitória em Nine a salvação plena e a condenação total dos famalicenses. Seria maravilhoso dar-se esta conjugação e… admitamos que nem é impossível.
Pela série de subidas, o Vizela trouxe emoção à prova, com a “desonra” dos “capões”, mas o Freamunde reunirá argumentos suficientes para conservar a liderança nesta ronda em que será anfitrião do Cesarense, desejando ainda que o Limianos consiga a sua primeira vitória, no Cruzeiro, frente ao Vizela que não desistirá, facilmente, de continuar as peugadas do líder e mesmo a sua ultrapassagem.
O já primodivisionário Boavista vai de abalada, em passeio, até ao nordeste transmontano para um treino com o Bragança, que, aproveitando, ainda poderá manter o sonho, sendo idêntica a circunstância para o Guimarães B que recebe o já desinteressado S. João de Ver, das terras da Feira.
Como habitualmente, passemos agora em relance as duas divisões do nosso futebol distrital, mais emotiva a secundária que a principal, salvo nesta a luta pela manutenção, esgotada de há muito a fórmula do campeão.
Nesta luta do fundo da tabela, a lanterna vermelha, Bertiandos, vem até ao Manuel Lima e poderá ter a sentença de despromoção confirmada, pois embora o Desportivo tenha voltado a decair nesta fase final, ainda reúne trunfos suficientes para conseguir uma vitória, a qual lhe proporcionará chegar a posto de pódio. E na trilogia de condenáveis restará um lugar de tranquilidade a Moreira de Lima ou Darquense, momentaneamente empatados, com os limianos em casa, não obstante para defrontar um Vitorino de Piães, sempre complicado, mas já tranquilo, que não deverá alinhar em facilidades, enquanto o Darquense se desloca até Coura, com os locais nada satisfeitos com o lugar que ostentam, donde tudo tentarão para subir um ou outro degrau.
Para os lugares de pódio, menção a dois jogos de interesse e sabor especiais, ambos a disputar no Alto Lima, envolvendo conjuntos muito próximos, pontualmente. Trata-se de Arcos/Correlhã e ainda Ponte da Barca/Castelense, quatro equipas integrando a primeira metade da tabela classificativa e candidatas ao “top five”, devendo ainda contar nestas posições com o campeão e ainda Neves e Monção.
A jornada engloba mais três jogos, entre os quais um dérbi no Vale do Minho, entre o campeão Cerveira, em regresso a casa para a festa, e o Melgacense que gostaria de pontuar para colocar de lado, definitivamente, o fantasma, além do Vila Fria/Neves, um dérbi sempre muito apetecível, independentemente das posições e ou necessidades de cada conjunto, já ambos tranquilos, mas com os forasteiros a poderem chegar à vice-liderança, donde resulta um jogo bastante interessante, finalizando com a deslocação do Campos a Lanheses, num encontro de expectável equilíbrio que poderá ainda servir para confirmar o bom campeonato dos cerveirenses.
Passemos para a divisão secundária onde a expectativa é enorme e esta jornada poderá começar a definir posições estratégicas. Do quarteto de dianteira, apenas o Raianos jogará fora de casa, com deslocação a Águias do Souto, obrigando-se a vencer esta quarta final, pois o mínimo descuido equivalerá a despedida, mormente na previsão que o trio de anfitriões não desperdiçará essa condição para se impor aos adversários. Tudo isto, potencialmente, mas nem esqueçamos as ameaças da semana passada, pelo que nem tudo poderão ser “rosas” e há que contar com os “espinhos”. No entanto, o líder Perre parece-nos o que ostenta tarefa menos complicada, apesar do respeito que lhe merecerá a lanterna vermelha, Castanheira. Simili modo, o Vila Franca, a sair duma série nada propícia, recebe o Lanhelas que vai certamente contar com o adversário na máxima força para tentar recuperar o espaço perdido. O Paçô terá a tarefa menos fácil já que o adversário dá pelo nome de Chafé, um conjunto moralizado pelos excelentes resultados dos mais recentes encontros e aspirante a lugar de honra.
No quarteto de jogos para cumprimento do calendário, iniciamos pelo Moreira/Távora, residindo a expectativa em saber se os anfitriões vão, finalmente, acabar com o pior ciclo da temporada ou correm risco de descer mais um lugar, em troca com o Fachense, cuja missão também não é acessível, como não o é em qualquer dérbi e menos nesta deslocação a Arcozelo.
Do par final de jogos, realce ao dérbi caminhense, com a equipa da sede concelhia a receber o vizinho Ancorense, em momento de empate pontual, e a outra das lanternas, Darquense, a reunir hipótese de voltar a fugir se mantiver o espírito triunfante da semana passada e aproveitar a visita do Gandra.
Tal como costume, num primeiro apontamento final, menção à penúltima ronda do Inatel, nada decisória, já que o Cabaços/Cardielos nada interessará aos anfitriões, igualmente nada resolverá aos forasteiros, mas curiosamente poderá ser útil aos Adecas, que joga por fora. Seja como for, a decisão será tomada na derradeira jornada.
Finalmente, uma saudação pelo regresso da miudagem, com o futebol de sete em segunda fase, numa prova à antiga moda uefeira, a uma só volta, mas com objectivo de entreter a malta aí por mais cinco fins-de-semana. E como já por cá teríamos que estar com os graúdos, far-nos-á imenso prazer contar também com a petizada. E consigo, claro, a quem, desde já, formulamos votos de Santa Páscoa.

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