Estamos já no último dia do ano. É chegada a hora de fazer contas à vida e de resumir o que vai subir de preço em 2024.
As atualizações de preços já conhecidas para este ano. Segundo o Correio da Manhã, são as seguintes:
Pão
O preço do pão vai voltar a subir no próximo ano face aos aumentos dos custos de produção, indicou a Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP).
Além do preço das matérias-primas, os custos com os salários têm penalizado o setor, que assinala também dificuldade em contratar mão-de-obra.
Eletricidade
O preço da eletricidade vai aumentar em 3,7% em janeiro, no mercado regulado, face a dezembro, um valor superior ao que a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos previa em outubro.
Este aumento das tarifas transitórias de venda a clientes finais abrande os “que permaneçam no mercado regulado (que representam 6,3% do consumo total e 936 mil clientes, respeitantes ao final de outubro de 2023), ou que, estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada”.
No que diz respeito à variação média anual das tarifas transitórias de venda a clientes finais em Baixa Tensão Normal (BTN) esta é de 2,9%, sendo que “estes acréscimos estão em linha com a inflação prevista para 2024, o que representa uma variação nula em termos reais”, indicou.
No mercado liberalizado, apenas a EDP Comercial anunciou que, a partir de janeiro, vai reduzir a componente ‘energia’ em 21% face às “condições mais favoráveis” do mercado na tentativa de mitigar o aumento das tarifas de acesso às redes, mas sem antecipar as tarifas finais.
Gás
As tarifas do gás natural para as famílias no mercado regulado aumentaram 0,6% em outubro, face aos preços praticados em setembro.
Já face ao preço médio do ano gás anterior (2022-2023), os consumidores em mercado regulado sofreram um acréscimo médio de 1,3% no preço de venda final.
Este aumento implicou uma subida média mensal entre dez e 15 cêntimos para as duas categorias mais representativas de clientes, um casal com dois filhos e um casal sem filhos, respetivamente.
A Galp, por sua vez, aumentou os preços em média em 4%, enquanto a EDP desceu o preço do gás em cerca de 20%, a partir de outubro.
Rendas
As rendas vão ser atualizadas em 6,94% em 2024, o valor mais alto desde 1994, com a subida a ser parcialmente atenuada pelo reforço do apoio aos inquilinos e da parcela das rendas que pode reduzir o IRS.
Ao contrário do que sucedeu em 2023, em que a subida das rendas ficou limitada a 2%, em 2024 estas podem aumentar em linha com o indicador de inflação que serve de referência para a sua atualização e que, segundo o valor apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é de 6,94%.
Para alguns inquilinos a subida poderá, no entanto, ser mais acentuada já que a lei permite ao senhorio somar a este valor o dos dois anos anteriores – caso tenha optado por não atualizar as rendas em 2022 e 2022.
Portagens
A inflação que serve de referência à atualização anual das portagens aponta para um aumento de 1,94% em 2024, ao qual deve somar-se 0,1% que as concessionárias podem aplicar como compensação pelo limite à subida de preços que lhes foi imposto em 2023.
Assim, a conjugação da taxa de inflação, que serve de referência ao aumento das portagens com a contrapartida prevista, resulta num aumento de 2,04%, o que corresponde a menos de metade da subida observada em 2023.
Transportes
A CP (Comboios de Portugal) anunciou novos preços para 2024, com uma subida média de 6,25% nos bilhetes para o Alfa Pendular e o Celta e de 6,43% nos restantes.
De acordo com o aviso publicado pela CP, “o valor das assinaturas e dos passes não sofre qualquer alteração”.
Com as novas tarifas, em vigor a partir do dia 1 de janeiro, um bilhete de Alfa Pendular entre Lisboa e Porto, em segunda classe, só ida, por exemplo, passa de 31,90 euros para 33,90 euros.
Já o mesmo percurso, mas no Intercidades, passa a custar 26,85 euros, face aos atuais 25,25 euros.
Telecomunicações
Os três principais operadores de telecomunicações Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal vão aumentar os preços no próximo ano, depois de há um mês o regulador Anacom ter pedido “contenção” na subida.
De acordo com informação disponível no ‘site’, a Meo “irá atualizar os seus preços de acordo com as condições contratuais em vigor”.
No que respeita às mensalidades de serviços pós-pagos móveis, a atualização entra em vigor a 1 de janeiro de 2024, com o valor mínimo contratualmente previsto de 50 cêntimos com IVA.
A 1 de fevereiro, será feita a atualização das mensalidades de serviços fixos com televisão e convergentes.
Comentários: 0
0
0