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Monção/Melgaço

Alvarinho: Representantes dos produtores consideram que acordo foi ‘bom para a região’

16 Janeiro, 2015 - 22:14

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Tarde foi ainda marcada por protesto de cerca de 50 produtores que promete abaixo assinado no sentido de levar matéria à Assembleia da República.

Os representantes dos produtores de Alvarinho de Monção e de Melgaço acreditam que 2015 será o início de um novo paradigma para a sub-região. Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, o grupo de trabalho considera que o acordo assinado esta semana vai trazer grandes vantagens. “Este foi um bom acordo para a região, a
partir do momento em que durante 18 anos os agentes económicos de fora não podem vir à sub-região levar a nossa uva. Quem quiser produzir Alvarinho de Monção e Melgaço tem que investir cá e vinificar cá as uvas. Ou comprar vinho aos produtores de Monção e Melgaço”, explicou o presidente da Adega Cooperativa de Monção, Armando Fontaínhas.
Recorde-se que, com este acordo, está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos. “Será criado um órgão próprio dentro da Região Demarcada que terá como missão gerir os três milhões de euros existentes para promover a marca Monção e Melgaço e será composto pelas empresas da região”, garantiram os representantes dos produtores.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.
Questionado sobre a manifestação de produtores realizada esta semana no Porto, Miguel Queimado, da Associação de Produtores de Alvarinho, desdramatizou e disse que “em qualquer decisão existem sempre vozes discordantes. Em sede de reunião dos maiores agentes da região, estas propostas passaram sem problemas nenhuns. Foram totalmente validadas. A partir desse momento entendemos que estavam reunidas as condições para garantir o sucesso da estabilidade”.
E foram precisamente estas “vozes discordantes” que voltaram a fazer-se ouvir esta tarde. Cerca de meia centena de produtores aproveitou esta conferência para manifestar-se às portas da Adega Cooperativa de Monção. Deixaram a promessa de realizar um ‘abaixo assinado’ no sentido de voltar a levar esta matéria à Assembleia da República.

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