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Melgaço

Alvarinho: Presidente da Câmara de Melgaço diz que acordo alcançado é ‘rebuçado envenenado’

20 Janeiro, 2015 - 10:25

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Manoel Batista garante que Município vai manter “papel de oposição e protesto”.

O presidente da Câmara de Melgaço diz que o acordo alcançado na questão do Alvarinho “não passa de um rebuçado envenenado que, a curto prazo calará alguns mas a médio provocará maleitas graves”. Em comunicado enviado esta terça-feira às redações, Manoel Batista mostra-se preocupado sobretudo em relação aos valores compensatórios, destinados à promoção da Sub-Região, como a designação Premium.
A autarquia de Melgaço considera assim que o acordo não foi consensual. “Foi imposto pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e pelo Governo, não foi subscrito por todos os membros do Grupo de trabalho, e não reúne o acordo dos agricultores e engarrafadores da Sub-Região”, justifica. O Município garante ainda que, a verificar-se o alargamento, vai manter o papel de oposição e protesto.
Recorde-se que, em declarações recentes à rádio Vale do Minho, o edil melgaçense sublinhou que “o Município de Melgaço manteve sempre a posição do não absoluto ao alargamento da produção de vinho Alvarinho à região. Manteremos esse princípio. Não sei se terão tido neste acordo em consideração aquilo que é crucial que são os pequenos produtores de uva Alvarinha. É por esses que nós lutamos e é por isso que achamos que o alargamento poderá vir a prejudicar estes milhares de pequenos produtores”.
Com este acordo está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos. “Será criado um órgão próprio dentro da Região Demarcada que terá como missão gerir os três milhões de euros existentes para promover a marca Monção e Melgaço e será composto pelas empresas da região”, garantiram já os representantes dos produtores.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.

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