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Alto Minho

Alvarinho: Manutenção da exclusividade é votada hoje na Assembleia da República

2 Maio, 2014 - 07:28

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Últimos dias têm sido marcados pelo optimismo dos autarcas.

Vai ser votado hoje, na Assembleia da República, o projecto de resolução sobre a manutenção da exclusividade da produção de vinho alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço. As duas autarquias deverão marcar presença no Palácio de São Bento durante a votação. O optimismo sobre o resultado foi visível durante a última semana. O presidente da Câmara de Monção, Augusto Domingues, não tem dúvidas de que a exclusividade vai manter-se. “Espero que seja definitivo. Já chega! Nós devemos ter a exclusividade do vinho Alvarinho. Fizemos muito por ele e gastámos milhões na sua promoção. Os nossos produtores deram-lhe uma excelência que agora nos querem roubar. Nem nos passa pela cabeça que isso aconteça”, frisou o edil à Vale do Minho.
Do lado da Câmara de Melgaço, o autarca Manoel Batista não admite outro cenário senão a manutenção da exclusividade. “Nesta sub-região estamos unidos nesse sentido e não consideramos outra hipótese que não seja a de manter-se a exclusividade da produção do Alvarinho”, disse. “Isto não é uma questão de implicância nem de orgulho. É uma questão de justiça. Na sub-região estão criadas condições de exposição geográfica, de clima, de solo para que a casta Alvarinho tenha a sua expressão máxima e se consigam os vinhos da melhor qualidade”, realçou Manoel Batista.
Recorde-se ainda que no principio do mês de Abril, os deputados do PSD na Assembleia da República, eleitos por Viana do Castelo, apelaram em Monção à união de todas as forças políticas no sentido de votarem favoravelmente à manutenção da exclusividade. “Nós não queremos que isto seja confundido com uma actividade meramente partidária. Os motivos que nos levaram a apresentar este projecto de resolução são motivos que forçam, na nossa opinião, uma unanimidade. Daqui apelamos a todas as forças partidárias representadas na Assembleia da República e apelamos a todas as entidades privadas, entidades públicas e autarquias que estejamos todos unidos no próximo dia 2 de Maio quando em Lisboa, na Assembleia da República, for discutida esta resolução”, apelou o deputado Carlos Abreu Amorim.
A produção de vinho alvarinho movimenta dois mil produtores e engarrafadores dos concelhos de Monção e Melgaço, num volume de faturação anual que ascende a 25 milhões de euros, sendo mesmo uma das uvas mais caras do país. São números da Associação de Produtores de Alvarinho que dizem ainda que a exportação de vinho alvarinho representa 10% do total das vendas anuais deste produto, sobretudo para mercados da América do Norte e Norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses como a França.

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