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Monção/Melgaço

Alvarinho: Jorge Fão quer conhecer correspondência trocada entre Comissão Europeia e Estado

16 Fevereiro, 2015 - 08:18

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Deputado socialista desagradado com acordo alcançado. Jorge Fão mostra até alguma “desconfiança sobre a forma como todo este processo tem vindo a ser desenvolvido”.

Jorge Fão enviou um requerimento ao Ministério da Agricultura onde pretende saber que correspondência foi trocada entre a Comissão Europeia e o Estado Português sobre o Vinho Verde Alvarinho. O deputado socialista na Assembleia da República diz-se desagradado com o acordo recentemente alcançado e mostra até alguma “desconfiança sobre a forma como todo este processo tem vindo a ser desenvolvido. Convém apurar o que é que está por trás de toda esta dinâmica que, de uma forma atabalhoada, levou a este acordo”, disse Jorge Fão à rádio Vale do Minho.
O deputado socialista considera que os produtores de uva Alvarinha vão sair prejudicados. Jorge Fão não se conforma com uma alteração tão repentina no curso da história. “Não é aceitável que num espaço curto de tempo se tenha avançado para um acordo que claramente altera aquilo que são regras em vigor consagradas em portaria, que estabeleceu este exclusivo”, sublinhou. “Sinceramente parece-me que esta luta não pode terminar ainda. A sub-região e a região do Alto Minho não podem perder de forma simples aquilo que é um direito”, defende.
Sobre as consequências que podem surgir com o novo acordo, Jorge Fão diz que são imprevisíveis. No entanto, o deputado socialista não espera nada de positivo. “Até hoje, a produção de vinho verde Alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço andará na ordem dos seis milhões de litros. Tem um preço médio a elevado. É um produto reconhecido e procurado. Tudo se altera quando passarem a produzir-se 60 a 100 milhões de litros de vinho verde Alvarinho”, alertou.
Recorde-se que, com este acordo, está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.

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