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Monção/Melgaço

Alvarinho: Autarcas de Monção e Melgaço deverão reunir em breve para ‘resolver clivagens’

16 Fevereiro, 2015 - 11:44

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Edil monçanense alerta para a urgência em terminar com diferenças de opinião entre os dois municípios.

Os presidentes das Câmaras de Monção e Melgaço deverão reunir esta semana no sentido de “resolver clivagens” relativamente à questão do vinho Alvarinho. Recorde-se que, no que diz respeito ao acordo recentemente alcançado, as duas autarquias têm manifestado posições diferentes. A autarquia de Melgaço é a que mais tem chumbado o documento assinado. “Propus uma reunião a realizar-se em Melgaço na última sexta-feira entre os cinco negociadores, em conjunto com as Câmaras de Monção e de Melgaço, para ultrapassarmos clivagens que neste momento existem. Entretanto à última da hora, o presidente da Câmara de Melgaço disse-me que tinha um motivo de força maior mas comprometeu-se a marcar nova reunião para esta semana”, disse o presidente da edilidade Monçanense esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal. “Aguardarei pela informação, porque urge sentarmo-nos à mesa para acabarmos com a clivagem que existe entre a opinião de Melgaço e a opinião de Monção”, salientou Augusto Domingues.
Contrariamente a Monção, o município de Melgaço foi quem mais marcou presença na manifestação do passado mês de Janeiro, em frente à sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. O protesto foi organizado pela própria Câmara melgaçense. Já a autarquia de Monção optou por demarcar-se da iniciativa.
As vozes discordantes de Melgaço voltaram a ouvir-se dias depois em Monção, na Adega Cooperativa, após conferência de imprensa realizada pelas associações e empresas da sub-Região de Monção e Melgaço que tomaram parte no Grupo de Trabalho Alvarinho. Cerca de meia centena de produtores deixou a promessa de realizar um ‘abaixo assinado’ no sentido de voltar a levar esta matéria à Assembleia da República.
Já esta segunda-feira, Jorge Fão juntou-se a todos aqueles que se mostram descontentes com o já chamado de ‘acordo do Alvarinho’. “Não é aceitável que num espaço curto de tempo se tenha avançado para um acordo que claramente altera aquilo que são regras em vigor consagradas em portaria, que estabeleceu este exclusivo”, disse à rádio Vale do Minho o deputado socialista na Assembleia da República. “Sinceramente parece-me que esta luta não pode terminar ainda. A sub-região e a região do Alto Minho não podem perder de forma simples aquilo que é um direito”, defende Jorge Fão.
Com este acordo está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.

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