PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Alto Minho
Destaques

Alto Minho: Movimento quer mudar o nome ao Parque Nacional Peneda-Gerês

18 Agosto, 2020 - 09:51

590

0

PUB Chama-se Movimento dos Soajeiros para as Restaurações das Verdades e quer mudar o nome ao Parque Nacional Peneda-Gerês. De acordo com o jornal Pasquim da Vila, este grupo pretende ver […]

PUB

Chama-se Movimento dos Soajeiros para as Restaurações das Verdades e quer mudar o nome ao Parque Nacional Peneda-Gerês.

De acordo com o jornal Pasquim da Vila, este grupo pretende ver aquele espaço designado por Parque Nacional Soajo-Gerês contendo o epílogo, dizem, “que é de inteira justiça e do interesse municipal que no nome do Parque Nacional passe a figurar o nome Soajo”.

Para Jorge Ferraz Lage, um dos dirigentes do movimento, atual nome de Parque Nacional Peneda-Gerês é o resultado do “triunfo da fé” sobre a razão, geográfica e histórica.

Este movimento pretende assim “repor a verdade”. Para tal, citam Hermann Lautensach, autor da primeira Geografia de Portugal de caráter científico e da Bibliografia Geográfica de Portugal, publicada em 1948.

De acordo com Lage tendo por base os estudos de Lautensach, as anteriores denominações, assentes nos escritos do suíço Paulo Choffat, estavam erradas ao colocarem a serra do Soajo a sul do rio Lima.

Nas suas investigações, Lage conclui ainda, através dos estudos do Padre José Amado (1874, Antiguidades da Lusitânia), apoiado pelos escritos quinhentistas de André de Resende (1573), que entre as 12 Serras escritas a romano, a norte do rio Douro apenas constam Suaium (Soajo) e Iuressum (Gerês).

Dentro desta linha de pensamento, está também o facto de que em quinhentos, em termos cartográficos, se conhecia a Portela Dolelas- Peneda no âmbito da Serra de Soaio, que no século XX era designada por Portela de Tibo.

Para Lage, não existe serra da Peneda, mas antes a montanha do Pedrinho, que terá ganho relevo com as celebrações da Nossa Senhora da Peneda e assim conseguindo o destaque necessário para se colocar entre o nome do Parque Nacional, retirando a razão geográfica e histórica a Soajo.

Neste sentido, escreve ainda o Pasquim da Vila,  aquele movimento “pretende que o nome do Parque Nacional se corrija também!”.

 

Um dos cartazes do movimento [créditos: jornal Pasquim da Vila]

 

[Fotografia: Ilustrativa / DR]

 

 

PUB

Últimas