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Alto Minho

Alto Minho: Monárquicos defendem referendo mas alertam para melhor preparação

30 Novembro, 2016 - 10:46

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Reais Associações de Viana do Castelo e Braga realizam esta quarta-feira o tradicional Jantar dos Conjurados.

Os monárquicos do Alto Minho consideram que os portugueses deveriam ser consultados sobre a possibilidade de regressar à monarquia. O presidente da direção da Real Associação de Viana do Castelo admite a necessidade desse referendo até porque, disse à Rádio Vale do Minho, “cada vez mais as pessoas começam a compreender o que é a monarquia e quais as diferenças em relação à república”.
Recorde-se que as Reais Associações de Viana do Castelo e Braga realizam esta quarta-feira o tradicional Jantar dos Conjurados. A iniciativa terá lugar na Quinta da Presa, em Viana do Castelo. Durante o encontro, o historiador militar Américo José Henriques fará uma intervenção sobre o tema “A ocupação filipina e a Revolução do 1.º de Dezembro de 1640”.
Durante o jantar vai também realizar-se a cerimónia de entrega dos prémios dos Concursos Escolares organizado pela Real Associação de Viana do Castelo, nas escolas do distrito, intitulado “O Primeiro de Dezembro de 1640 – A Restauração da Independência de Portugal”.
O sentimento monárquico no Alto Minho, acredita José Aníbal Marinho, está a ficar mais intenso no distrito. “Cada vez mais as pessoas começam a compreender o que é a monarquia e quais as diferenças em relação à república”, disse. “Se analisarmos o que se passar na Europa, vemos que a grande maioria dos países são monárquicos. São países onde a democracia é levada mais a sério”, apontou.
Os monárquicos do Alto Minho e de todo o país continuam à espera que algum político se lembre de propor um referendo com a pergunta: “Quer uma chefia de Estado com um presidente eleito ou prefere a chefia de Estado assumida pelo rei?”. O grande entrave, apesar das opiniões divergentes de constitucionalistas, é a alínea b do artigo 288º da Constituição, que prevê que as leis de revisão constitucional “terão de respeitar a forma republicana de governo”. “Deveria haver um referendo, mas tem de ser preparado. São mais de 100 anos de república e os monárquicos teriam de estar preparados para elucidar as pessoas. Teríamos de ter as mesmas armas dos adversários”, prosseguiu José Aníbal Marinho. “As pessoas teriam de perceber que o rei é uma pessoa normal. Não governa. Está acima dos partidos e é o garante do equilíbrio do regime do país. Nós tivemos presidentes da República a interferir constantemente na governação”.
O Jantar dos Conjurados tem início marcado para as 20h00.

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