PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Destaques
Monção/Melgaço

Alto Minho/Lítio: “A empresa australiana não abandonou. Eles vão é reformular o projeto”

20 Maio, 2019 - 07:20

813

0

A empresa australiana que fez um pedido para prospeção de lítio na área do Fojo [Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez] “não abandonou o projeto. O que eles vão fazer […]

A empresa australiana que fez um pedido para prospeção de lítio na área do Fojo [Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez] “não abandonou o projeto. O que eles vão fazer é reformular esse mesmo projeto”. A garantia foi dada ao jornal digital O Minho por fontes ligadas ao processo. Um aviso que surge duas semanas depois após ter sido anunciada uma “desistência” desta empresa em fazer a prospeção do referido metal.

A Fostescue Metal Group, assim se chama a empresa, tem 22 pedidos “na manga”. Para já, avançaram com seis. Entre eles a chamada área do Fojo, com uma área de 74,7 Km2.

“O que a empresa vai fazer é reformular o projeto tendo em conta as reivindicações; não vai abandonar o projecto”, disse a’O Minho a mesma fonte. “Há um aparente interesse da Fortescue porque a intenção, na minha opinião, é avançarem para o concurso público que está para ser lançado pelo Estado há mais de um ano e/ou adquirirem projetos mais desenvolvidos”.

Revela ainda aquele órgão de informação que outra fonte ligada ao processo estranha ainda a forma como os pedidos foram feitos. “Através de um escritório de advogados sem qualquer intervenção de geólogos e engenheiros, por exemplo”.

A verdade, prossegue ainda O Minho, é que os pedidos foram, “rapidamente, resolvidos, enquanto outros pedidos aguardam anos à espera de autorização”, refere. Os pedidos de prospeção estão em fase de consulta pública e daí a indignação das pessoas e autarcas.

 

PS Monção estranhou “forma rápida” da desistência

 

Durante a última reunião do Executivo Municipal, recorde-se, a oposição socialista na Câmara Municipal de Monção voltou a insistir numa tomada de posição por parte da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) sobre uma eventual prospeção/exploração de lítio na região. Pela voz do vereador Paulo Esteves, o partido congratulou-se com a desistência da empresa australiana sobre as intenções de realizar prospeção daquele mineral na área do Fojo [Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez] mas defende cautela. 

“A empresa desistiu da prospeção, mas não descarta a possibilidade de formulação de novo pedido”, alertou na altura o autarca do PS, que passou às considerações. “Achei muito estranha a forma rápida com que a empresa entendeu desistir do pedido. Por isso, quero aqui deixar muito claro que seja qualquer for a posição da empresa e esteja ou não o PS no Governo, a posição do PS Monção é não… não e não”, sublinhou.

“O comunicado da empresa é tudo menos claro. Nada nos garante que não voltarão à carga”, avisou novamente Paulo Esteves. Voltou a lançar o repto ao presidente da Câmara, António Barbosa (PSD). “A CIM existe para que todo o Distrito de Viana do Castelo se pronuncie sobre esta matéria e não apenas os três municípios envolvidos”.

 

Ministro disse que “não há razões para alarme” – Rangel não acreditou

 

Em finais do passado mês de Abril, durante a Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, o Ministro das Infraestruturas garantiu que a posição das populações de Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez sobre uma eventual prospeção de lítio na região “não será ignorada”. 

“Não houve nenhum ato por parte do Governo!”, sublinhou na altura. “Essa publicitação em Diário da República existe para que as populações possam reagir. Estamos a falar de um período de 30 dias, que está a decorrer, e que serve para que se conheça aquele que é o sentido da população em relação àquela intenção do investidor”. E voltou a reiterar que “não houve nenhuma ação por parte do Governo”. Aquilo que houve, explicou, “foi apenas uma empresa australiana que declarou querer fazer a prospeção”.

Já o cabeça-de-lista do PSD às próximas eleições europeias, Paulo Rangel,  acusou o Governo de estar “a ocultar informação” no que diz respeito às intenções da empresa australiana realizar prospeção de lítio na região. “A informação é muito escassa. O Governo está a tentar, de alguma maneira, ocultar algo”, considerou Paulo Rangel aos microfones da Rádio Vale do Minho. “É fundamental que este processo seja transparente e aberto. Acho até que as populações estarão recetivas à exploração do lítio se tiverem garantias de que não irá causar nenhum impacto. Ora, é essa discussão que não se está a fazer”, apontou o candidato social-democrata.

 

[Fotografia: Mina de lítio / Direitos Reservados]

 

PUB

Últimas