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O Movimento SOS Serra d’Arga reuniu esta quinta-feira com os presidentes de Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura. De acordo com este movimento, os autarcas reafirmaram a sua oposição à prospecção e exploração de lítio e outros minerais naqueles concelhos.
“A colaboração entre autarquias, movimentos cívicos e a população na luta contra a mineração na zona de Arga foi, assim, fortemente reforçada”, considera o SOS Serra d’ Arga.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, reforçou que “o concelho de Vila Nova de Cerveira tem memória histórica com o exemplo de Covas, pois ainda hoje se vivem as consequências nefastas da mineração realizada no século passado”.
Fernando Nogueira assegurou ainda que a autarquia está a trabalhar, conjuntamente com mais três municípios (Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo), numa candidatura que visa a valorização da Serra d’Arga, com objetivo único de preservar o património e minimizar a desertificação do território. O autarca referia-se à Área de Paisagem Protegida de Interesse Municipal a criar na Serra d’Arga, que vai alargar a abrangência da Rede Natura 2000 na Serra d’Arga, um processo no âmbito da CIM Alto Minho.
Por sua vez, o presidente da câmara de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, foi categórico em defender que a mineração não é o caminho para o desenvolvimento sustentável do território, e que este processo veio de cima para baixo e não contou com a participação da população.
O autarca garantiu ainda que, na reunião que terá em breve com o secretário de Estado João Galamba (no âmbito da apresentação da nova lei das minas), a autarquia será clara na sua posição: o caminho será sempre o da conservação e requalificação do território e nunca o da exploração mineira.
Depois das reuniões com as quatro autarquias onde se insere a Serra d’Arga, o Movimento SOS Serra d’Arga considera que “não faz sentido o Ministério do Ambiente insistir num programa de mineração nesta região, e lamenta o facto de o mesmo ministério manter todo o processo à margem da população afetada”.
O Movimento SOS Serra d’Arga entende que “a qualidade de vida das populações não é negociável e que este programa de extracção mineira está em contra-mão com o modelo de desenvolvimento que tem sido adotado pelas regiões e pelas próprias autarquias, assente na salvaguarda dos valores ambientais e patrimoniais”.
[Fotografia: Direitos Reservados]
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