O Tribunal Judicial de Ponte de Lima aplicou, esta quarta-feira, a prisão preventiva ao emigrante português na Suíça, alegado homicida da ex-companheira, também portuguesa, e que entretanto se entregou à Polícia Judiciária.
Segundo fonte ligada ao processo, o português, de 35 anos, foi ouvido pelo juiz durante mais de uma hora e meia, tendo recolhido, cerca das 18:00, ao Estabelecimento Prisional Regional de Viana do Castelo, aonde vai aguardar, em prisão preventiva, uma decisão sobre a eventual extradição.
O homicídio da mulher, de 31 anos, aconteceu a 04 de julho, quando o ex-companheiro, um trabalhador da construção civil, a terá atingido a tiro num parque de estacionamento na Suíça.
As autoridades locais emitiram um mandado internacional de captura e solicitaram o apoio da polícia portuguesa na procura do suspeito, natural, tal como a vítima, do concelho de Ponte de Lima.
O homem acabou por se entregar, na terça-feira, na Polícia Judiciária, em Braga, tendo confessado o crime.
Em Portugal também foi aberto um processo de investigação ao homicídio, por envolver dois cidadãos nacionais.
Segundo a Polícia Judiciária, o homicídio terá sido “motivado por razões passionais”, tendo o agressor utilizado uma arma de fogo para atingir a ex-companheira, “com vários disparos que acabaram por lhe causar a morte”, suspeitando-se ainda do envolvimento de, pelo menos, mais um português, que se encontra detido na Suíça.
Entretanto, a transladação do corpo da emigrante continua suspensa face à vontade da filha, de 13 anos, segundo fonte do Consulado de Portugal em Zurique.
“Rejeita essa hipótese junto das autoridades locais, porque quer que o corpo da mãe fique na Suíça. O processo está suspenso enquanto vão contactar outros familiares, que residem no país, antes de decidirem”, explicou a fonte.
O corpo da emigrante portuguesa foi libertado pelas autoridades suíças há duas semanas e a filha encontra-se ainda sob proteção policial, à guarda de uma instituição de menores.
Em Portugal, os familiares querem a transladação do corpo para Vilar das Almas, Ponte de Lima, de onde a vítima era natural.
O emigrante já estava referenciado pelas autoridades suíças por episódios de maus-tratos à mulher até à separação do casal, em outubro de 2011, após a qual a ex-companheira assumiu a custódia da filha de ambos, de 13 anos.
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