No distrito de Viana do Castelo, 70 empresas fecharam portas nos primeiros oito meses do ano, cifra que traduz um aumento da ordem dos 43 por cento em relação a homólogo período de 2009, ano em que o Alto Minho viu fechar 49 empresas, segundo estudo da Coface Portugal.
Já no ano passado, a região surgia nos lugares cimeiros do país, em termos comparativos, com um aumento do número de insolvências da ordem dos 122 por cento relativamente a homólogo período de 2008. Incentivo ao investimento e aposta na formação são defendidos por sindicatos e empresas.
De Janeiro a Agosto, consumaram-se, no distrito, 70 acções de insolvência, "estando, ainda, por contabilizar", segundo a União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC), as falências verificadas desde então, como a da "Mourassos", em Caminha, que atirou para o desemprego 90 trabalhadores.
Coordenador da USVC, Branco Viana afirma-se "muito apreensivo" com a situação, assinalando que, em Setembro passado, o número de desempregados no distrito era já superior às 11 mil pessoas. "Urgem políticas de incentivo ao investimento e de criação de emprego. Se assim não acontecer, o Alto Minho poderá ficar em situação muito complicada", vaticinou.
Presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Luís Ceia considera que a situação do distrito "não é positiva". Porém, assinala que, durante o mesmo período de tempo, a criação de empresas no Alto Minho decorreu a ritmo "superior à média nacional". A construção civil e a indústria transformadora terão sido os sectores mais afectados na região, assinala o dirigente, defendendo, como soluções para o problema, uma aposta concertada ao nível da formação e do empreendedorismo.
FONTE: "Jornal de Notícias"
Comentários: 0
0
0