Combustível, compras, tabaco, lotaria e trabalho são os principais motivos que levam os portugueses a atravessar, aos milhares, a fronteira para Espanha, em Valença, todos os dias. Há uma média de 150 mil automóveis por mês a passar para o outro lado.
O presidente da União Empresarial do Vale do Minho explica que há uma procura de parte a parte em produtos especificos. No entanto, Joaquim Covas receia que o aumento do IVA para 23 por cento vai agravar a situação dos comerciantes desta região transfronteiriça com a "fuga" de mais portugueses na procura de bens de primeira necessidade mais baratos.
Joaquim Covas reitera que "não há ajudas" para as micro e pequenas empresas. No entanto, e apesar de o comércio tradicional enfrentar tempos difíceis, o dirigente da UEVM diz que não se pode "encostar ao muro das lamentações, é preciso trabalhar", mas pede um regime de diferenciação para os mercados de fronteira.
Segundo dados revelados pelo Jornal de Notícias, há sete mil portugueses a atravessar a fronteira aos Sábados e Domingos e uma media de quarto mil em dias úteis, o número de portugueses que se desloca a Espanha num mês pode chegar muito perto dos 150 mil.
UEVM teme aumento desse número devido às medidas de austeridade anunciadas peo Governo que, "em muito, vão afectar os mercados de fronteira".
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