Monção: Secretário de Estado avisa que Alvarinho ainda tem muito que andar

O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar considerou este sábado, em Monção, que o vinho Alvarinho ainda tem um longo caminho pela frente se pretender destacar-se mais no panorama vínico nacional e internacional. “A quota de mercado do Alvarinho ainda é manifestamente insuficiente. Apenas cerca de 10 por cento é exportada. Há um caminho ainda muito grande para esta região e para o Alvarinho no sentido de crescer, desenvolver-se, internacionalizar-se e organizar-se”, considerou Nuno Vieira e Brito durante o seminário “Monção e Melgaço, um Terroir, uma Marca”, realizado no Cine Teatro João Verde, em Monção.
Já sobre o alargamento a toda a região dos Vinhos Verdes, que foi recentemente votado favoravelmente pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), o governante garantiu que o executivo de Passos Coelho não tem para já qualquer conhecimento. “O Ministério da Agricultura ainda não recebeu oficialmente nenhuma proposta vinda da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. Acreditamos que chegará em breve. Sabemos que sim”, disse o Secretário de Estado.
Já sobre as possibilidades de alargar ou não a produção da casta Alvarinho, Nuno Vieira de Brito mostrou-se cauteloso nas palavras. “Iremos, com muito cuidado e com muito tempo, ouvindo todos os parceiros e percebendo as perspectivas, analisar qual a melhor opção para a sub-região e para o país”, disse. “O Ministério tudo fará para que haja um bom entendimento entre todos os que têm liderado esta discussão. Iremos com muito cuidado analisar todos os contributos de ambos os lados para podermos chegar à melhor conclusão para Monção, para Melgaço e para o país”, finalizou.
Recorde-se que a iniciativa decorrida este sábado contou com a participação de diversos especialistas nacionais e estrangeiros e a apresentação do plano de ação “Caraterização do Território Vitícola da Sub Região de Monção e Melgaço – Contributos para a definição do terroir e promoção dos seus vinhos”. O encontro englobou ainda a assinatura de um protocolo de colaboração entre diversas entidades.
A parte da tarde, foi preenchida com visitas à Quinta da Pedra, em Monção, e Quinta de Soalheiro, em Melgaço. Esta noite, jantar e serão vínico complementado pela conferência “Criação e gestão de uma marca territorial na fileira do vinho”, da autoria de David Menival, docente da Neoma Business School, França.