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Monção

Monção: Paulo Esteves abriu Jornadas do Vale do Minho com ‘chumbo’ sobre o acordo ortográfico

27 Junho, 2015 - 01:03

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Vereador considera que ‘devemos defender a língua portuguesa sem desvirtuar a especificidade própria de cada região do nosso país ou dos restantes países da lusofonia’.

“Não tenho dúvidas de que sairemos daqui mais enriquecidos. Espero que estas jornadas correspondam ao sucesso ambicionado e merecido”. As palavras foram ditas esta sexta-feira por Paulo Esteves, vereador na Câmara de Monção, durante a cerimónia de abertura das I Jornadas do Vale do Minho. A iniciativa, que se prolonga até este sábado, é subordinada ao tema “A cultura e a língua portuguesa”. O autarca citou Friedrich Von Schiller, dramaturgo alemão, e disse que «a língua é o espelho de uma nação». “Não poderia estar mais de acordo”, disse Paulo Esteves. “A língua é um bem precioso que devemos preservar e valorizar. Fazendo-o, estamos a proteger a nossa história, os nossos ancestrais, a nossa identidade coletiva e o futuro dos nossos filhos”, referiu.
Entre os participantes nestas jornadas contam-se o Reitor Emérito da Universidade de Lisboa e candidato às eleições presidenciais, António Sampaio da Nóvoa, os autores Francisco Moita Flores e Alberto Santos. “Neste desafio constante de preservação do nosso idioma, é importante evidenciar um ato de respeito e de compromisso pelos valores locais. Devemos defender a língua portuguesa sem desvirtuar a especificidade própria de cada região do nosso país ou dos restantes países da lusofonia”, defendeu o autarca. “Por esta razão nunca interiorizei o acordo ortográfico. Na minha modesta opinião, não está correto. O desenvolvimento faz-se na diversidade e na proximidade entre povos. Se todos gostássemos de prosa, o que seria da poesia?”, questionou Paulo Esteves. “Precisamos fortalecer a nossa língua. Algo que não se faz por decreto mas com vontade e com empenho. E desta forma estamos a homenagear Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos outros que pela escrita levaram a alma lusitana aos quatro cantos do mundo”, acrescentou. “O que falamos é aquilo que somos. A nossa história é a nossa força”, concluiu Paulo Esteves.
Este sábado o programa inicia-se pelas 9h30, com o painel “A nova língua portuguesa”, com intervenções de Raquel Ramos, da Rede de Bibliotecas Escolares, que falará sobre “A leitura e a escrita na era digital”, e Augusto Silva, da Universidade Católica Portuguesa, que abordará “O que está a mudar na Língua Portuguesa”.
O programa prossegue com o painel “Educação Literária”. Previstas as conferências “Educação Literária Clássica”, de Candido Martins, da Universidade Católica Portuguesa, e “Educação literária e os novos autores”, de Alberto Santos, autor.
A parte de tarde inicia-se às 15h00 com o painel “Galaico-Português”, o qual engloba uma comunicação de Luis Garcia Soto, da Universidade de Santiago de Compostela, denominada “O pensamento e a língua galega”, e Olinda Sousa e Santiago Veloso que abordarão a experiência de “Ponte nas Ondas”.
O último painel “O ensino da língua portuguesa” compreende conferência “A construção de um espaço educativo em língua portuguesa”, de António Sampaio da Nóvoa, e “Cultura e valores em português”, de João Duque, da Universidade Católica Portuguesa.
O encerramento das jornadas, com organização do Centro de Formação do Vale do Minho, Câmara Municipal de Monção e Universidade Católica Portuguesa está previsto para as 18h30. Segue-se um Alvarinho de Honra no Museu do Alvarinho.

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