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“A lampreia do Rio Minho tem nos dias de hoje uma inquestionável notoriedade e prestígio, quer em Portugal, quer em Espanha. É comum encontrar a oferta de lampreia do Rio Minho em restaurantes Porto, Lisboa e Madrid. E isso pode ser um fator multiplicador na economia local”. A mensagem é deixada pelo vice-presidente da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (ADRIMINHO), Vítor Paulo Pereira, quando faltam poucos dias para o arranque de mais uma edição da iniciativa Lampreia do Rio Minho – Um prato de excelência.
“Poder-se-á afirmar mesmo que a Lampreia do Rio Minho tem atributos de uma marca de referência, pelo que tem um potencial de comunicação muito elevado”, acrescentou o também presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura.
Com esta iniciativa, a ADRIMINHO pretende trabalhar “o desenvolvimento de uma oferta turística regional, com produtos que se enquadram na estratégia nacional para o desenvolvimento da gastronomia e vinhos”, explica aquela associação em comunicado enviado à imprensa. “A partir do núcleo principal de atividade que é a Lampreia, a ideia é criar uma oferta que torne os quatro meses de época baixa do turismo em meses de época alta na região”.
Arranque será em Caminha, na próxima segunda-feira
O auditório do antigo edifício do convento de Santa Clara, em Caminha, vai ser palco na próxima segunda-feira, dia 27 de janeiro, da cerimónia inaugural da XI edição da Lampreia do Rio Minho – Um prato de excelência.
A iniciativa, marcada para as 14h00, é promovida pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (ADRIMINHO), em parceria com os seis municípios do Vale do Minho – Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira. O evento está agendado para o próximo dia 27 de janeiro.
O objetivo passa pela promoção de um recurso local com forte impacto na economia local – a lampreia – tornando o Vale do Minho um destino gastronómico de excelência. Durante fevereiro e março, cerca de 100 restaurantes do Vale do Minho vão servir a lampreia confecionada das mais variadas formas.
“Todos os anos temos boas expetativas, mas este ano temos uma ainda maior dado que choveu muito”, disse à Rádio Vale do Minho o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves. “Claro que os preços na época inicial são sempre diferentes daqueles que são mais praticados lá para a frente. Há por isso que ter algum cuidado pois temos ali muito ouro a nadar no rio Minho! Pode haver a tentação de darmos cabo desta mina”, recomendou o autarca caminhense.
Miguel Alves considera também que há ainda algum trabalho a fazer ao redor da lampreia. “Valorizar a lampreia não é só fazer aquilo que fazemos sempre… ou seja, dizer que gostamos muito dela. É preciso trazer mais provadores e apreciadores de lampreia”. E nesta categoria entram sobretudo os mais jovens… e não só. “Temos de puxar mais pela lampreia e pelo turismo. Fazer com que existam pessoas, casais, grupos de amigos que venham ao Vale do Minho propositadamente para provar a lampreia do Rio Minho”.
Recorde-se que Caminha tem também granjeado fama com a sardinha. É neste concelho – mais precisamente em Vila Praia de Âncora – que se realiza anualmente em finais de agosto a Festa da Sardinha e do Mar. Questionado sobre esta matéria, Miguel Alves teve resposta pronta. “Em Caminha, a sardinha é rainha do mar. A lampreia é a rainha do rio”, concluiu o presidente da Câmara em tom pragmático.
A lampreia do rio Minho é um prato que pode ser apresentado das mais diversas formas. Algumas delas bem recentes e inovadoras como a pizza de lampreia e o estrolho de lampreia. Este último apresentado no ano passado, em Paredes de Coura.
Até meados de abril irão ser realizados em todos os concelhos do Vale do Minho vários eventos de promoção deste ciclóstomo.
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